Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Facanali, Carolina Bortolozzo Graciolli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-19122022-190513/
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Resumo: |
Introdução: Na última década, houve um aumento no número de pesquisas publicadas em todo o mundo, relacionando os aspectos psicológicos com as doenças inflamatórias intestinais (DII). Foi descrito que o transtorno psiquiátrico é maior em indivíduos com doença de Crohn (DC) que na população geral, incluindo maior risco de suicídio (RS). Contudo, existem muitas incertezas sobre os fatores envolvidos e suas interações. Objetivo: Avaliar a prevalência de depressão em pacientes com DC e sua relação com a atividade, localização e o comportamento da doença. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, envolvendo pacientes com DC de ambos os sexos, maiores de 14 anos que estavam em acompanhamento no ambulatório de DII do Serviço de Cirurgia do Cólon, reto e anus do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo entre setembro de 2019 e fevereiro de 2020. Foram excluídos pacientes com baixa acuidade visual e analfabetos. A atividade da DC foi avaliada pelo índice de Harvey-Bradshaw e o fenótipo, de acordo com a classificação de Montreal. A taxa de depressão foi medida pelo escore do questionário da saúde do paciente-9, considerando o valor igual ou maior a 10, como positivo para depressão maior (DM). A avaliação de dados sociodemográficos foi realizada por meio de questionário, além da análise de prontuário eletrônico para verificação de exames laboratoriais, tratamento medicamentoso, cirurgias e demais características clínicas. Resultados: Participaram do estudo 283 pacientes com DC. A faixa etária no diagnóstico da doença foi maior entre 20 e 40 anos (67,8%; n = 192), o tempo de duração média da doença 13,2 anos e a maioria (65,7%; n= 186) já havia realizado ao menos uma cirurgia (65,8%, n= 186). Os pacientes com doença ativa totalizaram 45,3% (n = 128). A prevalência de DM na população estudada foi 41,7% (n = 118). O envolvimento do íleo em associação com o trato gastrointestinal superior apresentou maior taxa de pacientes com DM (46,4% n = 13), porém sem diferenças estatisticamente significativas. Com relação ao comportamento da doença, a maior prevalência de DM foi maior nos indivíduos com comportamento inflamatório 45,5% (n = 30), seguida de penetrante 42,2% (n = 57) e fibroestenosante 37,8% (n = 31) (p<0,001). O uso de anti-TNF e terapia imunomoduladora não esteve associada a sintomas depressivos. Avaliados como positivos para o RS pelo item 9 do PHQ-9 foram 19,8% (n = 56). Os pacientes do sexo feminino apresentaram chance de DM 5,3 vezes maior que os do sexo masculino (IC 95%; 1,95- 14,48) e a duração da doença foi inversamente correlacionada com a DM (p=0,021). Pacientes com DC ativa apresentaram, aproximadamente, 800 vezes mais a chance de DM (OR 796,0 IC 95%: 133,7 4738,8) que aqueles em remissão. Conclusão: Observou-se uma elevada prevalência de DM na população estudada. Houve associação positiva entre DM com atividade de doença e comportamento inflamatório, porém a localização da doença não exerceu influência nas taxas |