Fisioecologia comparativa de gramí­neas nativas e invasoras em duas fitofisionomias de um fragmento de cerrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Kayano, Gabriel Massami
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-26112018-143153/
Resumo: A invasão por gramíneas africanas é uma das principais ameaças à diversidade biológica e funcional das formações savânicas do cerrado. Uma questão central em invasões por plantas é entender como espécies oriundas de sistemas com diferentes pressões seletivas são capazes de adquirir e utilizar recursos em um novo ambiente. O objetivo deste estudo foi de comparar os padrões de uso luz e água de gramíneas nativas e invasoras em duas condições de cobertura arbórea ao longo de um gradiente de invasão em uma área de cerrado localizada no Parque Estadual do Juquery - SP. O efeito da presença da cobertura sobre os indivíduos foi investigado através de amostragens em fisionomia de campo (dossel ausente) e de campo cerrado (dossel presente). A hipótese de que o desempenho no uso de recursos de invasoras supera o de nativas em presença de cobertura arbórea foi testada através da medição de aspectos ligados à capacidade de interceptação da luz e ao desempenho de uso da luz e água associado ao potencial de ganho de carbono. As gramíneas africanas apresentaram padrões de arranjo espacial das folhas e estrutura foliar que diferem dos de nativas. As copas das invasoras apresentaram maior grau de sobreposição entre as folhas. As folhas das invasoras exibiram menores inclinações, menor espessura e menor razão de massa seca por área. A presença do dossel arbóreo favoreceu o transporte fotoquímico de elétrons de invasoras e desfavoreceu o de nativas. As principais diferenças nas dinâmicas de trocas gasosas entre nativas e invasoras foram observadas quando as razões foram expressas por massa seca foliar. Diferenças nas relações entre as variáveis indicam que a relação do padrão de investimento em tecidos foliares com o potencial fotossintético pode implicar em respostas contrastantes de nativas e invasoras aos regimes de irradiância nas fisionomias de campo sujo e campo cerrado