Avaliação das concentrações de terbinafina no pelame de gatos da raça Persa com dermatofitose e daqueles portadores de Microsporum canis tratados em esquema de pulsoterapia ou terapia contínua

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Balda, Ana Claudia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-21072011-132952/
Resumo: A dermatofitose é micose superficial desencadeada, principalmente, pelo Microsporum canis e de ocorrência comum nos felinos da raça Persa. Objetivou-se no presente estudo avaliar e comparar a melhora clínica e negativação micológica nos animais tratados com a terbinafina em pulsoterapia em relação a terapia contínua; evidenciar o acúmulo de terbinafina no pelame e o tempo em que o fármaco permanece em doses terapêuticas após a suspensão de sua administração; correlacionar a melhora clínica com a quantificação do fármaco no pelame; comparar a ocorrência de efeitos colaterais em pulsoterapia em relação a terapia contínua.. Foram incluídos nesse estudo, 27 gatos da raça Persa, 17 portadores assintomáticos e 10 sintomáticos do M. canis, o Grupo I foi composto por 13 fêmeas tratadas em pulsoterapia. Durante os primeiros sete dias a terbinafina foi administrada na dose de 20 mg/kg a cada 24 horas por via oral, seguidos por um período de suspensão da medicação pelos 21 dias subseqüentes, posteriormente foi realizado um segundo ciclo de sete dias, na dose de 40 mg/kg a cada 24 horas, novamente seguidos por um período de suspensão do fármaco nos 21 dias posteriores. O Grupo 11 foi constituído por 14 machos, que receberam terapia contínua, durante 56 dias. Nos primeiros 28 dias foi administrada a dose de 20 mg/kg a cada 24 horas por via oral e nos 28 dias subseqüentes a dose foi aumentada para 40 mg/kg diários. Os animais foram submetidos à duas colheitas de pelame pela Técnica do carpete com intervalo de 15 dias, anteriormente e posteriormente à terapia. Também eram realizadas colheitas de pelame nos dias zero, sete, 28, 35 e 56 dias para realização da quantificação das concentrações de terbinafina no pelame dos animais tratados, pela cromatografia líquida de alta performance (HPLC). Quinzenalmente, colhia-se sangue para realização de função hepática. Houve cura clínica e micológica em 100% dos animais tratados, as concentrações de terbinafina no pelame dos gatos se mantiveram acima daquelas consideradas terapêuticas por 21 dias após a pulsoterapia de sete dias, tanto na dose de 20, quanto na dose de 40 mg/kg diários, mas ocorreu maior acúmulo do fármaco na dose mais alta em terapia contínua, todavia esses animais apresentaram episódios eméticos na primeira semana de terapia, além de aumento da atividade sérica das transferases e da fosfatase alcalina. Já no grupo da pulsoterapia, não houve aumento da atividade sérica das enzimas hepáticas. A terbinafina foi eficaz e segura no tratamento de portadores sintomáticos e assintomáticos de M. canis.