Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Morete, Maria Emilia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-14082007-160824/
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Resumo: |
Baleias jubarte usam a costa leste do Brasil como área de reprodução e cria. As águas ao redor do Arquipélago dos Abrolhos são importantes devido a grande concentração de grupos com filhotes. Um estudo de 7 anos (entre 1998 e 2004) foi realizado, a partir de um ponto fixo de observação em terra, a fim de se investigar padrões temporais na estruturação de grupos e no comportamento de baleias jubarte. Dependendo das condições climáticas e de visibilidades eram realizadas varreduras com duração de 1 hora e na seqüência, observações de grupo ou indivíduo focal. Concomitante com o aumento da população brasileira de baleia jubarte, o número de avistagens de baleias adultas ao redor do Arquipélago aumentou, especialmente de 2002 a 2004, porém avistagens de filhotes somente aumentaram durante a temporada 2004. De uma forma gradual baleias chegam, se concentram e partem de Abrolhos, refletindo a migração segregada e as alterações de status sociais dos indivíduos. A medida que a temporada progride, ocorre uma mudança na freqüência das diferentes categorias de grupo de baleia jubarte, de grupos sem filhotes para grupos com filhotes, assim como os comportamentos, os quais, dentro de cada categoria de grupo, parecem estar adequado ao estágio de desenvolvimento do filhote (para aqueles grupos com filhote) e refletem o que parece estar relacionado a busca por oportunidades de acasalamentos e interações sociais. Ao longo das 7 temporadas estudadas, não houve mudanças na estruturação de grupos de baleias jubarte, nem houve alterações comportamentais marcantes. Porém, verificou-se que na presença de barcos num raio de 100-300 metros, fêmeas (mães) permanecem menos tempo em repouso e filhotes ficam menos tempo em comportamento de provável amamentação. Existe a preocupação de que repetidas mudanças comportamentais decorrentes de fatores antrópicos possam levar a população a risco, já que em espécies como baleias, as alterações a nível populacional podem levar muitos anos para ser detectadas. Logo é sugerido que estudos seguindo a mesma metodologia sejam continuados para que comparações sejam possíveis. Um estudo de longo-prazo permitiria uma investigação continua dos padrões (ou alterações deles) com que as baleias jubarte utilizam a área e como vêm respondendo as pressões antrópicas. |