Relação entre a gravidade clínica do paciente e as horas de cuidados de enfermagem em um serviço hospitalar de emergência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Sabino, Simone Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-23072019-112055/
Resumo: O aumento no número de atendimentos nos serviços hospitalares de urgência e emergência (SHE) resulta em superlotação desses serviços, afetando o resultado do tratamento dos pacientes e contribuindo para aumento da mortalidade. Este estudo objetivou avaliar a relação entre a gravidade clínica dos pacientes internados em um SHE e as horas de cuidados dos profissionais de enfermagem. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, do tipo retrospectiva e correlacional, realizado no pronto socorro adulto (PSA) do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro em Minas Gerais (HC-UFTM) no qual foram analisados os prontuários dos pacientes internados no PSA entre os meses de janeiro a dezembro de 2017. Para avaliação da gravidade clínica foi utilizado o Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II (APACHE II) e para avaliação das horas de cuidados de enfermagem foi utilizado o Nursing Activities Score (NAS), além disso, foi utilizado um formulário para coleta das variáveis sociodemográficas e clínicas. Foram incluídos 338 prontuários de pacientes. Os resultados mostraram mais óbitos entre os pacientes com idade mais elevada (65,3%) e nos pacientes do sexo feminino (63,3%). A maioria dos pacientes era proveniente das cidades de referência da Macrorregião Triângulo Sul (42,3%) e grande parte dos pacientes entraram no SHE por vaga zero (75,1%). Ainda, verificou-se que os diagnósticos mais frequentes no momento da admissão foram o IAM (22,2%), AVC (20,1%) e TCE (7,1%). A classificação de risco predominante entre os pacientes que internaram no SHE foi a cor laranja (68,6%), no entanto, observou-se a associação entre a classificação vermelha e a ocorrência de óbito. Em relação à gravidade clínica, a média do APACHE II para amostra foi 13,4 (DP=10,2), sendo maior nos pacientes que foram a óbito 22,0 (DP=10,0) do que nos pacientes que tiveram alta 11,3 (DP=9,1). A pontuação obtida no NAS para a amostra foi 46,9 (DP=30,3), sugerindo 11,2 horas de cuidados de enfermagem para cada paciente. A pontuação do NAS foi maior nos pacientes que foram a óbito 56,9 (DP=12,1) do que nos pacientes que tiveram alta 44,5 (DP=32,8). Foi observada correlação fraca entre o APACHE II e o NAS. Este estudo mostrou que os pacientes internados no PSA do HC-UFTM apresentam quadro clínico grave e necessitam de muitas horas de cuidados de enfermagem