Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Schmidt, Marcus Vinicius Chamon |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106132/tde-25062024-160604/
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Resumo: |
No território caiçara da Jureia, litoral sul paulista, mudanças na vida dos antigos e atuais moradores têm sido provocadas em diferentes contextos socioculturais, ambientais e políticos a partir da criação da Estação Ecológica Jureia-Itatins (EEJI), no ano de 1986. Esta pesquisa teve por objetivos identificar como os antigos e atuais moradores da EEJI ainda se relacionam com as florestas e como estas se constituem como parte da própria identidade caiçara. A partir de uma abordagem etnográfica, de métodos da ecologia histórica e florestal, o objetivo desse projeto foi o de aprofundar os conhecimentos em relação às formas de uso do ambiente e a manutenção de alguns aspectos vinculados à identidade caiçara e a sua relação com as florestas. A maior diversidade em florestas foi encontrada nos estágios intermediários de perturbação e, neste sentido, podemos concluir que estes distúrbios provocados pelo manejo caiçara proporcionou a maior diversidade alfa e beta nas paisagens. A partir do subconjunto das espécies-chave culturais de maior saliência foi encontrada uma correlação positiva entre Valor de Uso (VU) e Dominância Relativa (DoR) para o estágio mais antigo de sucessão. O manejo realizado pelas comunidades caiçaras na Jureia sempre foi pautado por regras e estratégias baseadas numa relação de interdependência que contribuíram para a manutenção e diversificação das florestas de restinga nesta região. Portanto, é possível reconhecer a eficácia das práticas de manejo tradicionais caiçaras na conservação da biodiversidade e na promoção da resiliência dos ecossistemas florestais da mata atlântica. Podemos considerar vários indícios de que existe uma profunda conexão entre a identidade caiçara e a floresta, evidenciando uma relação de pertencimento, amor e empatia tanto pela floresta quanto para com o território. Esta relação que se estabelece entre as florestas e as comunidades se manifesta segundo alguns aspectos da vida local. Esta pesquisa se propôs a fazer uma reflexão crítica aos conceitos que fazem uma simplificação a partir da dicotomia \"sociedade\" e \"natureza ao descrever realidades muito mais complexas, especialmente em contextos de florestas tropicais. |