Caiçaras e a Estação Ecológica de Juréia - Itatins (Litoral Sul - São Paulo): Uma Abordagem Etnográfica e Ecológica para o Estudo da Relação Homem - Meio Ambiente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Sanches, Rosely Alvim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-17112021-165546/
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo geral o estudo etnográfico sob a perspectiva etno-ecológica de algumas comunidades caiçaras habitantes da Estação Ecológica de Jureia-Itatins, localizada no litoral sul do Estado de São Paulo. É escasso o conhecimento que se tem sobre a cultura caiçara, desde a sua definição e caracterização ate estudos relacionados às estratégias de subsistência, sistemas de crenças e de adaptação dessa sociedade ao meio natural. Pretende-se aqui discutir como e de que forma os caiçaras desenvolveram sua relação com o meio ambiente ao longo do tempo, através de um processo histórico de mudanças na região do Vale do Ribeira, que inclui também criação da Estação Ecológica de Juréia-Itatins. A EEJI e uma unidade de conservação com cerca de 80.000 hectares de área que abrange o Ecossistema Atlântico ou Floresta Atlântica. Para isso, aspectos como o histórico, a organização social e o manejo do ambiente foram discutidos, cujos dados foram obtidos com base no etnoconhecimento, em entrevistas informais e semi-estruturadas, em observações participantes e observações indiretas, associadas à visitas e à diagnósticos em campo. Este estudo adota um enfoque eminentemente materialista da relação homem-meio ambiente, dentro de um contexto histórico, econômico, social, politico e ambiental específicos, na interface antropologia-ecologia. Essa interface e enriquecedora à ecologia, por permitir relacionar tais contextos às praticas de manejo, à dinâmica sócio-cultural e à tomada de decisões que levam as sociedades humanas sobreviverem e reproduzirem-se material e culturalmente. No Brasil, a grande maioria das pesquisas abordando esses aspectos esteve voltada, principalmente, as populações indígenas e às caboclas ribeirinhas da Amazônia.