Concentração plasmática de renina e monitorização da reposição de mineralocorticoide em pacientes com hiperplasia adrenal congênita por deficiência de 21-hidroxilase

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: D\'El-Rey, Zilda Maria Braid Arléo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-29072024-103612/
Resumo: Contexto: Os critérios disponíveis parar avaliar a reposição de mineralocorticoides (MC) em pacientes com hiperplasia adrenal congênita 21OHD (HAC 21-OHD) não são tão específicos, padronizados ou bem compreendidos. Objetivo: Avaliar a qualidade da reposição de MC em pacientes com a forma clássica de HAC 21-OHD considerando os níveis de concentração plasmática de renina (CPR) isoladamente ou em associação com parâmetros clínicos e eletrólitos. Avaliamos a acurácia dos níveis de CPR para discriminar entre reposição de MC adequada e inadequada. Métodos: Estudo longitudinal de coorte, retrospectivo, duração de dois anos, envolvendo a avaliação total de 444 consultas médicas e 77 pacientes com HAC 21-OHD tratados com MC. Foram analisados CPR, eletrólitos, androgênios, pressão arterial (PA) e parâmetros clínicos. Comparamos a classificação da reposição de MC (adequada: TA-MC; insuficiente: SUB-dose-MC; e excessiva: SUPER-dose-MC), considerando 4 cenários para definir a qualidade deste tratamento. Regressão logística multinominal foi utilizada para identificar fatores preditivos associados ao TA-MC. Curvas ROC foram usadas para checar a acurácia da CPR em discriminar entre TA-MC, SUB-dose-MC e SUPER-dose-MC. Resultados: Associando todos os parâmetros, as taxas de TA-MC, SUB-dose-MC e de SUPER-dose-MC foram iguais a 59,5%, 22,8% e 16%, respectivamente. CPR isoladamente subestimou o TA-MC (27,2%) e superestimou o SUB-dose-MC (56,4%). Sem considerar a CPR, o TA-MC foi significativamente superestimado (88,5%) e subestimado os SUB-dose-MC (4,8%) e SUPER-dose-MC (2,8%). Regressão logística multinominal identificou a CPR como preditora do TA-MC (p<0,01), apesar do mesmo não ter ocorrido com a dose fludrocortisona, níveis de Na e K, nem com PA. A acurácia da CPR para discriminar entre TA-MC e SUB-dose-MC foi 0,96 [IC95%: (0,92; 0,98)], mas teve menor desempenho em discriminar a SUPER-dose-MC, 0,69 [IC95%: (0,63; 0,74)]. Conclusão: CPR associada a parâmetros clínicos e bioquímicos é essencial para avaliar a reposição de MC em pacientes com HAC 21-OHD. CPR isoladamente não é indicada para ajuste da dose de MC, mas a ausência da monitorização desta impacta negativamente o tratamento. A combinação criteriosa da CPR, dosagem de eletrólitos, PA e manifestações clinicas permite uma reposição de MC mais apropriada.