Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Caroline Dal Pian Alarcon |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-15012007-143700/
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Resumo: |
A esterilização a vapor em ciclo flash refere-se a qualquer processo de esterilização a vapor que processe itens para uso imediato, sem nenhum empacotamento e com tempo insuficiente para secagem. A Association for the Advancement of Medical Instrumentation e a Association of Perioperative Registered Nurses recomendam-na para situações de emergência e trazem critérios específicos para sua utilização. Essa pesquisa teve como hipótese a utilização pelos profissionais de enfermagem da esterilização a vapor em ciclo flash não restrita a situações emergenciais, contrariando as recomendações oficiais e da literatura. Portanto, o objetivo desse estudo foi de analisar as práticas relacionadas à esterilização em ciclo flash. Para o alcance deste propósito, foram coletadas informações, através de um questionário, de pessoas em evento de abrangência nacional realizado pela Sociedade Brasileira de Enfermeiros em Centro Cirúrgico, Central de Material e Esterilização e Recuperação Anestésica (SOBECC), a fim de obter dados de como esse processo de esterilização tem sido executado. Dos 560 questionários entregues, 113 (20,1%) foram devolvidos. Das características dos respondentes, 89,1% eram enfermeiros, apresentavam idade entre 25 e 50 anos, com tempo médio de formação de 12,7 anos, sendo a maioria da região Sudeste. Cerca de 46,0% trabalhavam no Centro Cirúrgico (CC) e 36,0% no Centro de Material (CME), com uma média de atuação no serviço de 8,1 anos. Das características da instituição, 40,0% eram de instituições públicas e 72,0% de caráter geral. Em relação à utilização do ciclo flash, 41,0% realizavam-na em autoclaves convencionais, sendo que 69,0% tinham seus esterilizadores no CME, local também em que 73,4% realizavam a limpeza do material. Para essa atividade, 61,4% tinham regras definidas, e 12,7% o faziam sem detergente sendo que dos profissionais envolvidos nesse processo, 81,2% eram da enfermagem. Para situações de emergência mais de 90,0% utilizavam o método de esterilização flash, mas um número razoável de respondentes (38,0%) o utilizavam como rotina, o que confirmou a hipótese da pesquisa, demonstrando o não cumprimento das recomendações das diretrizes internacionais e sim, a adequação" de um arsenal de instrumentos para atender a demanda cirúrgica. Dos que embalam o material (62,2%), 84,0% o reesterilizavam caso não fosse usado. A esterilização de implantáveis em flash é realizada por apenas 8,0%. Dos respondentes, 78,0% monitoravam o processo de alguma maneira, inclusive com indicador químico e biológico 46,7%. Quanto à associação da freqüência de uso do ciclo flash com a presença das autoclaves de mesa infere-se que a inserção desse equipamento no mercado tem estimulado a utilização desse ciclo pelos profissionais. No estudo, percebeu-se que os índices de quem o faz de maneira inadequada, considerando todo o reprocessamento, não são substimáveis, mas preocupantes. Por esses índices, as recomendações das diretrizes internacionais não podem ser questionadas, mas entende-se que o empenho em reeducar o profissional da saúde e não simplesmente proibí-lo sem dar maiores justificativas seja o melhor caminho. A esterilização a vapor em ciclo flash só deve ser realizada se todos os passos fundamentais no reprocessamento de materiais forem cumpridos |