Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1996 |
Autor(a) principal: |
Saad, Antonio Melhem |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11143/tde-20200111-145141/
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Resumo: |
Esse trabalho foi desenvolvido em Guaira, região norte do Estado de São Paulo, onde atualmente encontram-se em operação cerca de 200 pivôs centrais que consomem durante 240000 hora.ano-1 uma potência equivalente a 19,36 . 106 kW e utilizam um volume de 4,48. 107 m3 de água superficial na irrigação, principalmente, nas culturas de milho, feijão e soja. Diante desse cenário, foi possível a formulação de uma estratégia para o manejo da água de irrigação, que proporcionasse a diminuição do consumo de água e energia. Nesse sentido, os objetivos desse trabalho foram: a) determinação da alternativa econômica de manejo da água em feijoeiro irrigado por aspersão, b) o conhecimento das necessidades de água do feijoeiro (ETm e ETa) para os tratamentos sem e com déficit de água de 50%, c) o conhecimento dos níveis de esgotamento de água no latossolo roxo, nos diferentes estádios fenológicos, bem como sua relação com o rendimento do feijoeiro e d) determinação, para os diferentes estádios fenológicos da cultura, das perdas de água para baixo das profundidades 0,25 m e 0,45 m. O esquema do arranjo experimental utilizado para cumprir os objetivos propostos, foi blocos ao acaso com seis tratamentos e quatro repetições, resultando num total de vinte e quatro parcelas. A área de cada parcela foi 10,8 m2 e a área útil de 5,4 m2. Os seguintes tratamentos foram estudados: IIII : sem déficit de água em todos os estádios fenológicos; OOOO : com déficit de irrigação em todos os estádios fenológicos; OIII; IOII; IIOI; IIIOI : com déficit de irrigação no estádio de desenvolvimento vegetativo (Vo a R5), floração (R6 a R7), formação da produção (R8) e maturação (R9), respectivamente. Os resultados obtidos permitiram concluir que: o déficit de irrigação, somente é recomendado para a fase de maturação (R9), desde que o preço do kilo do feijão pago ao produtor seja igualou inferior a R$ 0,46 (quarenta e seis centavos de real) e o custo unitário da água de irrigação seja igual ou superior a R$ 75,00/1000 m3. Os valores da evapotranspiração máxima para cada um dos 4 estádios fenológicos no tratamento sem déficit, foram: 1,9 mm, 6,0 mm, 4,0 mm e 5,7 mm. Os valores da evapotranspiração no tratamento com déficit foram: 1,7 mm; 2,6 mm; 2,6 mm e 3,0 mm. Os valores médios de água disponível no solo, nos tratamentos com déficit de irrigação em cada estádio fenológico, foram respectivamente, 35%, 41 %, 39% e 44%, para as fases de desenvolvimento vegetativo, floração, enchimento de grãos e maturação. No tratamento sem déficit em nenhuma das fases, o valor médio para o ciclo total da cultura foi de 52% e para o tratamento com déficit em todas as fases o valor foi de 36%. Em todos os tratamentos, a partir do estádio fenológico da floração, a drenagem interna não foi significativa abaixo da profundidade de 0,45 m, o que sugere a inexistência de perda econômica da água utilizada nas irrigações. Além disso, foi possível a constatação de que o decréscimo de rendimento em função dos déficits aplicados em cada um dos quatro estádios fenológicos, variou de um valor máximo de 13,2 % (R8) a 1,1 % (R9). Um déficit relativo de irrigação no valor de 15,2 % aplicado na formação da produção (R8), induziu a um déficit de 27 % no valor da evapotranspiração e 13,2 % no rendimento do feijoeiro. |