Uso do tensiômetro no controle da irrigação por pivô central em cultura do feijoeiro (Phaseolus vulgarisL.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1991
Autor(a) principal: Saad, Antonio Melhem
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11143/tde-20191108-120314/
Resumo: O principal objetivo deste trabalho foi avaliar, a viabilidade técnica do tensiômetro como equipamento e método de controle de irrigação em pivô central. Para tanto, procurou-se avaliar o ajuste da curva de retenção pela equação de GENUCHTEN (1980), comparar o comportamento da evapotranspiração pelos métodos do balanço hídrico usando tensiômetros e do tanque "Classe A", quantificar perdas por drenagem profunda e analisar os efeitos da distribuição da água no potenciaI mátrico, finalmente, estimar a quantidade mínima de baterias de tensiômetro e sua localização sob o pivô central. O experimento foi conduzido no município de Guaíra CSP) em área de Latossolo Roxo (Typic Haphorthox) com cultura de feijão (Phaseolus vulgarisL.). Foram instaladas 20 estações tensiométricas e 60 coletores de água de chuva e irrigação ao longo de uma transeção de 300 metros na direção radial do pivô. O controle da irrigação foi realizado com base na média ponderada dos 20 valores diários de potencial mátrico a 15 cm de profundidade, tendo como fator de ponderação a fração de área representativa de cada tensiômetro. O nível crítico de potencial mátrico foi considerado constante em todo ciclo da cultura e seu valor definido em -0,06 MPa. Foram feitas 16 irrigações sob este controle. Os resultados obtidos permitiram verificar que (i) o modelo de GENUCHTEN (1980) se ajustou adequadamente aos dados de análise de retenção de água o que facilitou a estimativa da depleção da água no solo; (ii) a uniformidade de distribuição de água pelo pivô, mostrou que houve um decréscimo de aplicação de água, do centro à extremidade, que pôde ser aferido através das leituras dos tensiômetros; (iii) a drenagem profunda correspondeu a, aproximadamente, 10% do valor da lâmina média aplicada ao longo do ciclo da cultura; (iv) a evapotranspiração real da cultura, calculada pelo balanço hídrico, foi 30% superior à estimada pelo método do tanque “classe A”; (v) quatro foi o número estimado de baterias de tensiômetro localizadas a 7,5 m, 52,5 m, 82,5 m e 277,5 m do ponto do pivô central. Sendo assim, concluiu-se que o tensiômetro é tecnicamente viável como instrumento e método de controle da irrigação por pivô central