Habilidades cognitivas da coordenação motora fina de crianças com fissura labiopalatina: efeitos de treino intensivo em uma proposta remediativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Benati, Évelyn Raquel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-01092021-145047/
Resumo: Introdução: Na população com fissura labiopalatina e com dificuldades na aprendizagem, os estudos vem demonstrando instabilidades percepto-motoras, sendo uma delas a motricidade fina. As habilidades motoras finas, são fundamentais nas AVDs, tem caráter adaptativo no ambiente, uma vez que possibilitam a qualidade da execução da tarefa e o crescente domínio para o comportamento prático automatizado. As experiências vivenciadas e a consistência da exposição a um treinamento intensivo induzem à plasticidade de redes neurais, implicado na habilidade motora fina com métodos próprios de treinamento, que tem se mostrado uma ferramenta eficiente no trato de crianças com problemas no desenvolvimento cognitivo, que impactam a aprendizagem. Inúmeros são os estudos que apontam para programas reabilitadores num formato intensivo, como a representação de recursos estratégicos de aprendizagem na fase do ensino fundamental, e minimizar, em parte, demais condições afetadas na criança com FLP. Objetivo: O objetivo deste estudo foi demonstrar os efeitos de um programa de remediação para treino da habilidade motora fina em crianças com histórico de fissura labiopalatina e ineficiência motora adaptativa. Material e Método: A amostra foi composta por 15 participantes com FLPs, distribuídas em 4 grupos: grupo I (GI), grupo II (GII) e grupo III (GIII), com crianças com fissura labiopalatina participantes do PRMM e grupo IV (GIV), com crianças não participantes do PRMM. Foi realizado a avaliação pré e pós Programa de Remediação da Motricidade Fina (PRMM), foram utilizados instrumentos específicos: Protocolo de avaliação da motricidade fina; Matrizes Progressivas Coloridas de Raven; Figuras complexas de Rey e o Teste Purdue Pegboard . O PRMM contou com 16 sessões de treinamento e atividade metacognitiva em todas elas. Foi composto por tarefas motoras finas, num total de 32 exercícios, com grau de complexidade crescente. Foram computadas 160 sessões referente ao PRMM. Resultados: Os resultados apontaram para a predominância do tipo de fissura transforame (60%). Quanto ao sexo, o predomínio foi do masculino (53,33%), e em relação ao nível socio econômico 60% dos participantes apresentaram classificação baixa superior. Na comparação, foi obtido probabilidade estatística significante(p=0,002) na memória do teste Rey, na pós testagem, com melhoria dos desempenhos dos grupos participantes do PRMM (GI GII e GIII) em relação ao grupo não participante (GIV). No PAMF, o ganho de performance dos grupos GI, GII e GIII, variou entre 33,33% a 100%, enquanto o ganho de performance do GIV, foi entre 40% a 60%. Conclusão: Diante dos resultados obtidos no estudo, foi possível identificar e demonstrar evidências da eficácia da aplicação do PRMM, com melhoria do nível neuropsicomotor e da motricidade fina, fundamental para o desenvolvimento infantil, escolarização e atividades da vida diária