Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Soares, Jackeline Cintra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-21062018-134748/
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Resumo: |
O Brasil possui condições climáticas adequadas para o desenvolvimento de um grande número de frutas nativas e essa biodiversidade tem se tornado um caminho promissor para a descoberta de novos compostos bioativos capazes de ser utilizados na formulação de alimentos funcionais e medicamentos. Os compostos fenólicos apresentam ações específicas, podendo atuar como antioxidantes e anti-inflamatórios, assim prevenindo doenças crônicas. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antioxidante, antiinflamatório e a composição fenólica de dez frutas nativas brasileiras ainda pouco conhecidas: araçá-boi (Eugenia stipitata), cambuití-cipó (Sagerectia elegans), murici vermelho (Bysonima arthropoda), murici guassú (Byrsonima lancifolia), morango silvestre (Rubus rosaefolius), cambuci (Campomanesia phaea), jaracatiá-mamão (Jacaratia spinosa), juquirioba (Solanum alterno-pinatum), fruta-do-sabiá (Acnistus arborescens) e cajá (Spondias mombin L.). Os extratos etanólicos (80% v/v) das polpas foram analisados inicialmente quanto à capacidade de sequestro dos radicais ABTS∙+ e ROO∙. A atividade anti-inflamatória foi avaliada in vivo por meio do modelo de migração de neutrófilos induzida por carragenina, enquanto que a composição fenólica foi realizada por técnicas cromatográficas (CLAE-DAD e CG-EM). As 5 frutas com as maiores atividades biológicas foram ainda analisadas quanto à capacidade de sequestro de O2 ∙-, HOCl e NO∙, atividade anti-inflamatória por meio do ensaio de ativação do fator nuclear-κB (NF-κB) e composição fenólica por espectrometria de massas de alta resolução (LC-ESI-QTOF-MS). Em relação ao sequestro do radical ABTS∙+ o cambuití-cipó apresentou a maior atividade (749,88 μmol TE.g-1) e para o ROO∙ o murici vermelho apresentou a maior atividade antioxidante (559,09 μmol TE.g-1). Os animais tratados com araçá-boi, cambuití-cipó, murici vermelho, cajá e morango silvestre apresentaram reduções no influxo de neutrófilos comparados ao grupo carragenina (p < 0,05). Por meio das técnicas de CLAE-DAD e CG-EM foi possível identificar compostos fenólicos pertencentes a classe dos flavonoides (catequina, epicatequina, rutina, quercetina glicosilada, kaempeferol glicosilado, quercetina, procianidina B1 e procianidina B2), sub-classe do ácido hidroxibenzóico (ácido gálico) e sub-classe dos ácidos hidrocinâmicos (ácido cumárico, ácido ferúlico e caféico). O araçá-boi, cambuití-cipó, murici vermelho, morango silvestre e cajá foram as cinco frutas que apresentaram as maiores atividades antioxidantes e/ou anti-inflamatórias, cujo perfil fenólico por LC-ESI-QTOF-MS indicou a presença de 18 compostos no araçá-boi, 32 no cambuitícipó, 26 no murici vermelho e 20 e 11 compostos no morango silvestre e cajá, respectivamente. Vários dos compostos fenólicos identificados foram encontrados pela primeira vez nessas espécies. O cambuiti-cipó e murici vermelho se destacaram em relação ao sequestro de HOCl (EC50 4,99 e 4,41 μg mL-1, respectivamente) e o cambuití-cipó foi o mais ativo para desativar o radical O2 ∙- (EC50 68,33 μg mL-1) e NO∙ (EC50 0,78 μg mL-1). Já os extratos de murici-vermelho, cambuití-cipó e morango silvestre inibiram significativamente a ativação do NF-κB. Portanto, as frutas nativas brasileiras são fontes de substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias, bem como de uma grande diversidade de compostos fenólicos, os quais podem propiciar importantes benefícios para a saúde humana. |