Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Curiati, Pedro Kallas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-09122019-160016/
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: Uma visita a um serviço de pronto atendimento (PA) não é um evento trivial para pacientes idosos e está associada a altas taxas de internação prolongada e mortalidade. Idosos mais vulneráveis poderiam ser selecionados para cuidados especializados, porém ainda não existe consenso sobre a melhor estratégia para identificar essa população no momento da sua admissão. OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo desenvolver e avaliar um modelo de predição do risco de idosos evoluírem com desfechos intra-hospitalares potencialmente desfavoráveis após uma visita a um PA. MÉTODOS: O desenho utilizado foi o de coorte retrospectiva. Foram incluídos idosos com idade superior ou igual a 70 anos consultados em um serviço de PA em São Paulo, Brasil, entre 2017 e 2018. Os participantes foram atendidos por geriatras e avaliados conforme protocolo clínico padronizado incluindo: a ferramenta Identification of Senior at Risk (ISAR); a escala FRAIL; e o Confusion Assessment Method (CAM). O desfecho primário foi internação hospitalar prolongada. Desfechos secundários incluíram internação hospitalar muito prolongada, óbito intra-hospitalar e óbito intra-hospitalar após internação hospitalar prolongada. O estudo foi composto de uma amostra de derivação e de uma amostra de validação, obtidas através da distribuição aleatória dos participantes incluídos, na razão 2:1. A relação entre cada variável de interesse e internação hospitalar prolongada foi avaliada na amostra de derivação usando modelos de regressão univariada. Em seguida, foram inseridas todas as variáveis associadas à internação hospitalar prolongada (p < 0,20) em um modelo de regressão multivariada com eliminação retrógrada (p < 0,05 para reter). A partir do modelo final foi construído um sistema de pontuação de riscos, cuja acurácia preditiva foi determinada através de análises de calibração e discriminação, tanto na amostra de derivação e como na de validação. RESULTADOS: Foram incluídos 2766 atendimentos. A população estudada foi caracterizada por idade avançada (média de 81 anos), predomínio de mulheres (57%), e altas taxas de fragilidade (32%), polifarmácia (45%), delirium (9%) e uso dos serviços hospitalares de saúde (30% com internação nos seis meses anteriores). O modelo preditivo final incluiu seis variáveis: sexo masculino; hospitalização nos últimos seis meses; emagrecimento superior ou igual a 5% no último ano; idade superior ou igual a 90 anos; fadiga; e limitação funcional recente. As análises de validação revelaram acurácia moderada para predição de internação hospitalar prolongada tanto na amostra de derivação como na de validação AUC 0,77 e 0,78, respectivamente), com superioridade em relação a ISAR e FRAIL para o mesmo desfecho. O modelo também apresentou acurácia boa para predição de internação hospitalar muito prolongada (AUC 0,82), óbito intra-hospitalar (AUC 0,80) e óbito intra-hospitalar após internação hospitalar prolongada (AUC 0,81). CONCLUSÕES: Modelo rápido para predição de desfechos potencialmente desfavoráveis a partir da admissão de pacientes idosos em serviço de PA pôde ser desenvolvido e validado com acurácia superior à de ferramentas amplamente difundidas e consolidadas na literatura e na prática médicas |