Óbito fetal em gestações únicas com diagnóstico de trissomias dos cromossomos 21,18 13 e monossomia do X

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Goulart, Vanessa Vigna
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-26112014-090258/
Resumo: Objetivos: Descrever a frequência, e investigar fatores preditivos, de óbito fetal espontâneo (OF), em gestações com anomalias cromossômicas. Métodos: Trata-se de estudo retrospectivo, abrangendo o período de novembro de 2004 a maio de 2012, realizado na Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Foram incluídas gestações únicas com diagnóstico pré-natal de trissomia dos cromossomos 21 (T21), 18, 13 (T13/18) e monossomia do X (45X), realizado até a 26ª semana de gestação. Resultados: Foram incluídas 92 gestantes com idade materna média de 32,7 ± 8,7 anos. O diagnóstico das anomalias cromossômicas (T21 n=36, T13/T18 n=25, 45X n=31) foi realizado em idade gestacional média de 18,3 ± 3,7 semanas, por meio de biópsia de vilo corial (n=22, 24%), amniocentese (n=66, 72%) e cordocentese (n=4, 4%). Malformação major estava presente em 45 (49%); e hidropisia foi identificada em 32 (35%) fetos, sendo mais frequente no grupo 45X (n=24/31 (77%) versus T21: n=6/36 (17%) e T13/18: n=2/25 (8%), p < 0,001). Exame ecocardiográfico fetal especializado foi realizado em 60% (55/92) das gestações. Dessas, 60% (33/55) apresentaram alterações na morfologia e/ou função cardíaca, sendo o achado mais frequente a comunicação interventricular (39%). Fetos com T13/18 apresentaram incidência maior de anomalias cardíacas (60% versus 25% (T21) e 29% (45X), p= 0,01). Óbito fetal ocorreu em 55 (60%) gestações e foi mais frequente no grupo 45X (n=26/31 (84%) versus T21: n=13/36 (36%) e T13/18: n=16/25 (64%), p < 0,01). A análise multivariada stepwise demonstrou associação entre hidropisia e OF em fetos com trissomia 21 (LR= 4,29; IC95%= 1,9-8,0, p< 0,0001). Em fetos com monossomia X, a presença de alterações ecocardiográficas esteve associada com menor risco de OF (LR= 0,56; IC95% = 0,27-0,85, p= 0,005). Não foram identificados fatores preditores no grupo T13/18. Conclusão: A letalidade intrauterina de fetos com anomalias cromossômicas é elevada. A presença de hidropisia aumenta o risco de óbito fetal, em gestações com trissomia 21. Enquanto, em gestações com monossomia X, a ocorrência de alterações ecocardiográficas reduz esse risco