Análise da ferroptose de linfócitos T CD8+ em carcinoma espinocelular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Renan Lemos da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-03092024-085557/
Resumo: As células T CD8+ citotóxicas são as células efetoras do sistema imune adaptativo mais importante na resposta imune antitumoral e constituem a espinha dorsal da imunoterapia contra o câncer. No entanto, estas células são, frequentemente, ativadas de forma a se diferenciar em células exaustas que falham no controle do crescimento tumoral, o que promove a progressão tumoral. A exaustão de células T CD8 é caracterizada por uma perda hierárquica na expressão das citocinas interleucina-2 (IL-2), fator de necrose tumoral (TNF e IFN-). Além disso, verifica-se declínio na capacidade citolítica, viabilidade celular e capacidade proliferativa. Estudos recentes sugerem ainda um papel importante e complexo da regulação metabólica em células T CD8+, e reforçam a necessidade de estudos adicionais sobre o papel da oxidação de ácidos graxos nas funções efetoras das células T CD8+. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar se a ferroptose poderia ser um marcador das alterações funcionais dos linfócitos T CD8+ em carcinoma espinocelular. Para tanto, isolamos células T CD8+ sistêmicas para estudo da expressão de marcadores específicos para definir o perfil exausto (PD1, CTLA-4) e analisar a ferroptose de células T CD8+ (expressão de CD36 e a peroxidação lipídica). Os resultados mostraram um perfil exausto de linfócitos T CD8+ circulantes de pacientes com carcinoma espinocelular, caracterizado pela expressão aumentada de moléculas co-inibitórias, PD-1 e CTLA-4. Ademais, os linfócitos T CD8+ expressaram as moléculas CD36 e CD71 que estão relacionadas com o processo de peroxidação lipídica. Os resultados também evidenciaram que os linfócitos T CD8+ de pacientes com carcinoma espinocelular são suscetíveis à ferroptose após a estimulação policlonal com PHA, e o tratamento com Ferrostatin-1 resultou em uma redução da morte celular. Esses dados sugerem que os linfócitos T CD8+ de pacientes com carcinoma espinocelular apresentam um perfil disfuncional e são suscetíveis a ferroptose.