Técnica de folhas destacadas para testar reações de cultivares de amendoim (Arachis hypogaea L.) aos fungos Cercospora arachidicola Hori e Cercospora personata (Berk. & Curt.) Ell. & Everh.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1981
Autor(a) principal: Moraes, Sergio de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20231122-092702/
Resumo: Devido à importância das cercosporioses do amendoim (Arachis hypogaea L.), causadas por Cercospora arachidicola Hori e Cercospora personata (B. & C.) Ell. & Ev., foram conduzidos experimentos em condições de laboratório, visando padronizar uma técnica mais simples e prática para o teste das reações de plantas de amendoim à estes fungos. Os experimentos foram conduzidos com folhas destacadas de plantas sadias de amendoim e acondicionadas individualmente em placas de Petri, contendo uma fina camada de algodão e um papel de filtro umedecidos com água esterilizada. Os resultados obtidos mostraram que a utilização das folhas mais novas, porém completamente expandidas, permitiu uma melhor manifestação dos sintomas causados por estes fungos, pois estas folhas foram as que apresentaram maior vitalidade e sobrevivência. Isto foi relacionado ao enraizamento natural fácil e rápido apresentado por estas folhas. O número de lesões destes fungos foi estatisticamente maior quando se inoculou a superfície superior das folhas. A inoculação através da pulverização das suspensões de esporos destes fungos mostrou ser mais prática e eficiente, que as inoculações por gotas ou pincelamento. A luz direta foi necessária durante o período de incubação, sendo o regime de luz alternada (10 horas de luz e 14 horas de escuro) mais favorável ao desenvolvimento dos sintomas causados por estes dois fungos. Os quatro métodos utilizados para avaliar os sintomas causados pelas duas espécies de Cercospora (número de lesões por folíolo, diâmetro médio das lesões, área infectada por folíolo e índice de infecção) foram importantes para expressar as reações e mecanismos de resistência de cada cultivar. Entretanto, o índice de infecção proposto, considerando a área infectada por folíolo e a área média do folíolo, e deste modo, estimando a porcentagem do tecido foliar necrosado, expressou melhor as reações dos cultivares a estes fungos. Entre os cultivares testados através desta técnica destacaram-se os SO. 909 e SO.911, como altamente resistentes a C. personata e moderamente resistentes a C. arachidicola, e os cultivares S0. 908 e S0. 905, como moderadamente resistentes apenas a C. arachidicola. Os cultivares SO. 905 e S0. 908 mostraram, respectivamente, moderada e alta suscetibilidade a C. personata. Os cultivares Tatu e Tatuí mostraram-se altamente suscetíveis aos dois fungos. Os resultados obtidos, semelhantes aos relatados em experimentos conduzidos em casa-de-vegetação ou em condições de campo, comprovaram a viabilidade e eficiência da técnica de folhas destacadas para testar as reações de cultivares de amendoim aos fungos C. arachidicola e C. personata.