A obra de Henri Hauser e sua trajetória intelectual no Brasil (1866-1946)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lima, José Adil Blanco de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-17012018-165302/
Resumo: Esta tese de doutorado tem como objetivo apresentar ao público brasileiro alguns aspectos principais da obra e da trajetória intelectual de Henri Hauser. Apesar de ser uma figura consideravelmente obscura nos circuitos acadêmicos nos dias de hoje, tanto no Brasil como na França, H. Hauser foi uma figura intelectual muito importante em seu tempo. Ele foi um autor de obra imensa e variada, de prestígio acadêmico e institucional, bastante engajado nas questões de seu tempo, homem de realizações. Este trabalho busca, portanto, descrever a trajetória intelectual de Hauser destacando a relação íntima entre seus engajamentos, sua obra e a realidade social, política, econômica e institucional de sua época. Para tanto, discutiu-se: as relações do autor com os preceitos da escola metódica francesa; a obra pioneira de história social e econômica de Hauser; as relações do autor com a geografia alemã e francesa; os engajamentos pessoais de Hauser, sobretudo aqueles que dizem respeito à resistência ao antissemitismo francês e a política cultural da França no Brasil; e a atuação de Hauser no Brasil, durante a vinda da missão francesa para a Universidade do Distrito Federal em 1936, salientando os textos em que o autor buscou explicar o Brasil para os franceses e o papel que Hauser teve na formação intelectual de Sérgio Buarque de Holanda. Por fim, esboça-se uma explicação para o eclipse de Henri Hauser na história da historiografia francesa, a partir de uma revisão do discurso que os Annales fizeram de si próprios.