Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Holzhacker, Denilde Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-22062007-133857/
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Resumo: |
O objetivo desta tese é investigar, de forma comparativa, as diferenças e semelhanças entre as percepções e orientações da elite e da opinião pública de massa a respeito da política externa brasileira. Para isso, foram analisados os resultados do survey \"Percepções das Elites e da População brasileira sobre as Relações Externas do País\", realizado em 1998 e 2001, pelo Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da Universidade de São Paulo. Além disso, foram utilizados depoimentos coletados entre membros da elite brasileira no âmbito da pesquisa \"A Alca nas Visões das Elites\" (2003), NUPRI-ILDES. A hipótese central do trabalho é que as elites e a massa apresentam padrões de atitudes similares a respeito dos diferentes aspectos da inserção internacional brasileira a partir dos anos 90. No entanto, os resultados indicaram que não há na sociedade brasileira um consenso sobre os efeitos da globalização sobre o País, existindo três padrões de atitudes quanto à globalização: alienação, afluência e participação conflituosa. Essas posições indicaram visões distintas sobre os resultados da globalização, que influenciam diretamente a posição brasileira no sistema internacional. Essas visões, por outro lado, também influenciam as posições das elites e da massa a respeito das opções e orientações da política externa brasileira nos anos 90. As elites e a massa dividem-se em três posições a respeito das orientações da política externa brasileira no período: para uns a política externa deveria voltar-se para os interesses estritamente econômicos, para outros ela deveria ser um instrumento de busca da cooperação e o desenvolvimento geral dos povos, e um terceiro grupo apóia uma política baseada na busca do poder e do prestígio no sistema internacional. Essas posições mostraram forte associação com uma visão positiva da atuação do País no sistema internacional. Entre as estratégias da política externa brasileira destacou-se o forte envolvimento do País em negociações internacionais, além disso, esse tópico é considerado um dos que mais mobilizaram os grupos da sociedade brasileira nos anos 90, por isso, buscou-se analisar as atitudes das elites e da massa no que se refere à participação do País em dois processos negociadores: o Mercosul e a ALCA. As maiores divergências entre elites e massa prevaleceram nas questões relacionadas à ALCA. No que se refere ao Mercosul existe no interior da sociedade brasileira um forte consenso sobre os resultados que a integração poderão trazer em termos de desenvolvimento econômico e também de maior influência para o País nos processos internacionais, apesar da falta de consenso sobre os impactos até o momento gerados pela integração com os Países do Cone Sul. De maneira geral, os resultados indicaram que as elites e a massa mostram atitudes coerentes e associadas ao debate que marcou a diplomacia brasileira nos anos 90. |