Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Bressan, Regiane Nitsch |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-18122012-104158/
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Resumo: |
O estudo das percepções das elites de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile e Venezuela sobre a integração sul-americana e o apoio à superação da pobreza no contexto regional, consistiram nos principais objetivos deste trabalho. Fundamentando-se na definição de elites da corrente pluralista, foram analisadas as percepções de cinco categorias: governos, partidos políticos, empresários, sindicatos e atores sociais. As teorias de integração regional definem as elites como os principais condutores destes processos. Estes atores são responsáveis por difundir os valores e expectativas positivas da integração regional para toda sociedade, contribuindo ao desenvolvimento dos blocos regionais. Para compor o estudo, foram utilizados dados das entrevistadas realizadas com 829 membros das elites sul-americanas, aplicadas em 2008, ademais dados de fontes primárias foram utilizados para enriquecimento da análise. A década de 2000 foi marcada pela ascensão de governos de inclinação esquerdista, quando novas lideranças emergiram no papel das elites sul-americanas. Ademais, neste cenário foi identificada a conformação de um regionalismo baseado menos em questões comerciais, privilegiando as dimensões políticas e sociais, que vem sofrendo críticas pelos seus opositores. A partir da análise desta tese, o estudo contemplou quatro objetivos específicos: 1. demonstrar o interesse de cada segmento sobre a integração regional; 2. conhecer o apoio ao combate à pobreza e desigualdade por cada grupo de elite; 3. revelar quais políticas de redução da pobreza obtêm maior sustentação no âmbito regional; 4. apontar as principais divergências nas percepções das elites sobre a conformação destas políticas e sobre o aprofundamento da integração regional. As principais conclusões alcançadas resumem-se em alguns pontos. Os valores e percepções das elites são norteados por crenças político-ideológicas, os quais resultam na discordância entre elas em algumas questões. As elites empresariais se identificaram com a vertente política de direita, foram as mais propensas a apoiarem as organizações internacionais em detrimento do regionalismo, e também foram as elites menos predispostas na distribuição igualitária das riquezas entre toda população. Em oposição, os sindicatos se identificaram com o prisma político de esquerda, sendo os mais favoráveis à integração regional, bem como à distribuição de riquezas entre toda população. Por sua vez, as elites partidárias, governamentais e atores sociais demonstraram diferenças de percepção no cerne dos seus próprios segmentos, denotando discordâncias que dificultam ainda mais a consolidação da integração regional e o enfrentamento em conjunto da pobreza no cenário sul-americano. |