Estudos das fraturas do anel pélvico utilizando-se bases de dados públicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Costenaro, Beatriz Calil Padis Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-16012013-173003/
Resumo: Introdução: As fraturas do anel pélvico são raras e graves, sua incidência é de aproximadamente 3% de todas as fraturas e a mortalidade varia de 6 a 50%. Objetivo: Avaliar os desfechos hospitalares de pacientes submetidos à cirurgia de reparo de fratura do anel pélvico, admitidos em hospitais com diferentes volumes de atendimentos. Método: Coletou-se nas bases de dados públicas DATASUS (1993-2010) e Nationwide Inpatient Sample (1993-2009), brasileira e norte-americana, respectivamente, informações que permitissem estudar a associação entre os desfechos hospitalares (mortalidade, tempo de internação, complicações e alta hospitalar) e o volume de atendimento hospitalar. Resultados: A população do estudo incluiu 26.581 e 4.580 pacientes, predomínio de homens (76,9% e 62,6%) com média de idade de 35,8 (dp = 15,9) e 38,5 (dp = 17,3) anos, no Brasil e Estados Unidos, respectivamente. A maioria dos pacientes foi operada em hospital universitário no Brasil (49,3%) e hospital escola-urbano nos Estados Unidos (77,9%). A mortalidade foi observada em 1,5% na população brasileira e 7,1% na norte-americana. Em ambos os países, a mortalidade foi superior em hospitais de baixo volume de atendimento (OR =1,89; IC 95%, 1,42-2,51 e OR =1,62; IC 95%, 1,21-2,18; p<0,001) e mais frequente na primeira semana de internação (p<0,001). O tempo médio de internação foi de 11 dias no Brasil e de 18,7 dias nos Estados Unidos. Foram frequentes as complicações hospitalares em 43,3% da população norte-americana. Hospitais norte-americanos com baixo volume de atendimento encaminharam mais pacientes para centros de reabilitação (p<0,001). Conclusão: Pacientes operados em hospitais de alto volume de atendimento apresentaram menor taxa de mortalidade e a frequência de encaminhamento a hospitais de reabilitação foi menor. A associação entre complicações e volume hospitalar não atingiu significância.