Trauma and injury severity score: análise de novos ajustes no índice

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Domingues, Cristiane de Alencar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-14102013-090011/
Resumo: Introdução: O Trauma and Injury Severity Score (TRISS) é considerado padrão ouro na análise de probabilidade de sobrevida do doente traumatizado, apesar de suas limitações. Vários têm sido os esforços na tentativa de torná-lo mais acurado, tendo em vista seu importante papel nos Programas de Melhoria de Qualidade em Trauma. Objetivos: Propor três novos ajustes à equação do TRISS e comparar suas performances com o TRISS e o TRISS-like originais e com esses índices e o NTRISS com coeficientes ajustados à população do estudo; identificar se a técnica de imputação múltipla aumenta a acurácia das equações derivadas de bancos de dados com perdas e comparar o desempenho dos novos modelos quando derivados e aplicados em diferentes grupos de vítimas traumatizadas. Método: Trata-se de um estudo multicêntrico, retrospectivo, com vítimas de trauma internadas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC FMUSP) e no Centro de Trauma da Universidade da Califórnia San Diego Medical Center (UCSD MC), no período de 1º de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2010. As informações dos doentes foram agrupadas em Bancos de Dados Derivação e Teste, sendo o primeiro utilizado para derivar as equações e o segundo para validar as equações geradas. Os coeficientes dos modelos foram estabelecidos pela análise de regressão logística. A curva Receiver Operating Characteristics (ROC) foi utilizada para avaliar a performance dos modelos e o algoritmo de DeLonge et al. para comparar as áreas sob as curvas (AUC). Resultados: A casuística foi composta de 2.416 doentes do HC FMUSP (São Paulo, Brasil) e 8.172 participantes do UCSD MC (San Diego, EUA). Os novos modelos propostos foram o NTRISS-like, que incluiu as variáveis Melhor Resposta Motora (MRM), Pressão Artéria Sistólica (PAS), New Injury Severity Score (NISS) e idade; o TRISS SpO2, com as variáveis Escala de Coma de Glasgow, PAS, saturação periférica de oxigênio (SpO2), Injury Severity Score, além da idade e o NTRISSlike SpO2 (MRM + PAS + SpO2 + NISS + idade). Todas as equações tiveram coeficientes ajustados para trauma contuso e penetrante. A técnica de imputação múltipla aplicada à derivação das equações não melhorou a acurácia dos modelos. Os modelos TRISS original, TRISS, TRISS-like e NTRISS com coeficientes ajustados e as novas propostas não apresentaram diferença estatisticamente significativa em sua performance. As novas equações ajustadas aos dados de São Paulo e as geradas com informações de San Diego apresentaram diferentes AUC ao serem aplicadas nos dois grupos de doentes dessas localidades. A acurácia sempre foi maior quando as equações foram aplicadas na população de San Diego. Conclusões: Os novos modelos apresentaram boa acurácia (cerca de 89,5%) e desempenho similar a outros ajustes do índice TRISS anteriormente publicados; portanto, podem ser utilizados nas avaliações de qualidade da assistência ao traumatizado. Os ajustes dos índices de probabilidade de sobrevida à realidade local de sua aplicação não melhoraram seu desempenho, resultado que reforça a incerteza sobre a necessidade desses ajustes, conforme o local de aplicação do índice.