Diálogo, problematização e amorosidade: possibilidade de enfrentamento a uma realidade silenciada pelas expressões da violência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Simonsen, Maria Carolina Rezende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/108/108131/tde-16082024-152550/
Resumo: O fenômeno da violência, em suas diferentes modalidades, convoca uma implicação teórica e prática para compreensão de suas expressões e impactos na saúde mental. Este projeto constrói-se a partir de indagações que permeiam a experiência do trabalho em saúde no campo da Atenção Primária. A escrita tem por objetivo identificar o entendimento dos profissionais da unidade básica de saúde sobre o conceito de violência e as fragilidades no manejo do cuidado com os casos de violência que chegam ao serviço. Entraves no processo de trabalho e de conduta, tencionam para a necessidade de qualificar as estratégias de cuidado construídas neste espaço. Para tanto, foram realizados grupos focais com os profissionais que atuam na AMA/ UBS Integrada Vila Clara, tendo como ponto de apoio as discussões e debates levantados pelo Núcleo de Prevenção à Violência da unidade. O produto resultante desta investigação passa pela identificação e análise das diferentes manifestações das violências trazidas à tona nos espaços de acolhimento no campo de prática em questão, bem como suas implicações no adoecimento psíquico da população, ressaltando a relação deste fenômeno com os determinantes sociais que atravessam indicadores de saúde. Desta maneira, a relevância da pesquisa sustenta-se na visibilização de um cenário negligenciado e silenciado diariamente, tanto nas práticas profissionais como nas relações sociais desenvolvidas, cujo reconhecimento implica potencialidade para enfrentamento e mudança. Como resultado desta pesquisa, estruturou-se um produto educacional baseado nas premissas da educação popular em saúde, por meio de encontros na AMA/UBS Vila Clara com os profissionais das equipes, com o objetivo de criar e fortalecer os espaços de discussão na unidade sobre temas que atravessam o cuidado em saúde com casos de violência, visando qualificar a atuação profissional como um todo.