Análise da expressão de miRNAs em pacientes com fibrilação atrial aguda no pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Feldman, Andre
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-08062015-082447/
Resumo: A fibrilação atrial (FA) é a arritmia mais comum no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Apesar de estar relacionada a alterações estruturais, alguns pacientes, mesmo que sem tais condições, ainda assim, cursam com fibrilação atrial no pós-operatório (FAPO) causando aumento no tempo de internação e custos. Estudos recentes vem ampliando o conhecimento sobre pequenos fragmentos de RNA, chamados de microRNAs (miRNAs) que podem interferir diretamente no aparecimento de algumas doenças na área cardiovascular. O objetivo do presente estudo é: 1) comparar a expressão dos miRNAs 1, 23 e 26 entre pacientes com e sem FAPO; 2) comparar nos grupos a expressão destes miRNAs entre os período pré e pós-cirúrgico; 3)comparar a expressão dos genes GJA1, KCNJ2, CACNB1, CACNA1C e KCNN3 entre os tempos pré e pós-cirúrgico no grupo FAPO; 4) comparar estes últimos genes no tecido atrial; 5) comparar os genes relacionados à produção de interleucinas (IL)-1, 6 e fator de necrose tumoral alfa (TNF?) entre os grupos e entre os tempos pré e pós-cirúrgico; 6)avaliar as características clínicas e evolutivas da população estudada. Pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica foram submetidos à coleta de 20ml de sangue pré e pós-cirurgia bem como fragmento de tecido atrial. Um total de 143 pacientes compuseram os grupos: FAPO (24 pacientes), controle genético (24 pacientes) e controle total (97 pacientes + 24 grupo controle genético). Do ponto de vista clínico observou-se maior idade, tempo de anóxia, tempo de internação em terapia intensiva e hospitalar no grupo FAPO. A análise genética revelou menor expressão do miRNA-23 no grupo FAPO (p=0,02). A comparação entre os períodos pré e pós-cirúrgico revelou redução dos três miRNAs no tempo pós-cirúrgico (p<0,05) e dos genes relacionados às proteínas de canal (p<0,05). A comparação no tecido não evidenciou alterações entre os grupos. Os genes relacionados ás citocinas revelaram redução no período pós-cirúrgico (p<0,05) em ambos os grupos. Concluiu-se que o miRNA-23 pode ter implicação no surgimento da FAPO e outros miRNAs não estudados devem estar envolvidos neste processo uma vez que houve redução de outros genes de canais relacionados ao aparecimento de FAPO.