Uso de bioindicador de efeito endócrino e validação do método para determinação de hormônios na água da Represa Municipal de São José do Rio Preto, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Cordeiro, Daniela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
VTG
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/75/75132/tde-11032010-102102/
Resumo: Dentre os vários xenobióticos que as atividades humanas têm produzido nas últimas décadas, os desreguladores endócrinos (EDs), incluindo os hormônios, vêm chamando a atenção de pesquisadores devido aos efeitos que eles causam em animais. Esses efeitos podem resultar em características hermafroditas nos peixes e em anfíbios, inibição do crescimento testicular, inibição da espermatogênese, decrescimento da capacidade de fertilização dos ovos e alteração no comportamento reprodutivo dos seres vivos. Concentrações de apenas 10 ng L-1 de hormônio no meio aquático já são capazes de causar efeito endócrino nos organismos. Neste estudo determinou-se o hormônio natural 17β-estradiol e os hormônios sintéticos levonorgestrel e 17α-etinilestradiol na água da Represa Municipal de São José do Rio Preto (SP). A primeira etapa deste estudo foi a validação dos métodos segundo a Resolução-RE 899 da ANVISA. Os limites de detecção, de quantificação e inferior de quantificação do método para a determinação do 17α-etinilestradiol foram, respectivamente, 25, 100 e 100 ng L-1. A linearidade, desvio-padrão relativo, exatidão e recuperação média para o 17α-etinilestradiol foram, respectivamente, R de 0,98, 3,23%, 100,53% e 89,95%. Os limites de detecção, de quantificação e inferior de quantificação do método para a determinação do 17β-estradiol foram, respectivamente, de 100, 150 e 150 ng L-1. A linearidade, desvio-padrão relativo, exatidão e recuperação média do 17β-estradiol foram, respectivamente, R de 0,99, 3,43%, 106,16% e 89,05%. Para o levonorgestrel, os limites de detecção, de quantificação e inferior de quantificação foram, respectivamente, 50, 150 e 150 ng L-1. A linearidade, desvio-padrão relativo, exatidão e recuperação média do método para a determinação do levonorgestrel foi respectivamente, R de 0,98, 3,48%, 105,15% e 86,45%. Na segunda etapa desta pesquisa analisaram-se amostras de água coletadas na Represa Municipal de São José do Rio Preto (SP) quanto à presença de hormônios. Como método de extração dos hormônios, usou-se a SPE e, como técnica analítica HPLC/FLU/DAD. Os resultados não indicaram a presença dos hormônios estudados até o limite de detecção do método empregado. Foi feita também a análise de vitelogenina (VTG) em plasma sanguíneo de peixes das espécies Geophagus brasiliensis (cará), Satanoperca pappaterra (zoiúdo) e Tilapia rendalli (tilápia rendali) capturados na referida represa. Observou-se que os peixes machos continham concentração de VTG na faixa de 152,4 a 2.841,8 ng mL-1. Isto indica que há substâncias de efeito endócrino na água da represa, mas não se pode afirmar que sejam os hormônios estudados.