Avaliação da biologia telomérica na tumorigênese dos craniofaringiomas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Mota, José Ítalo Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-03022023-103701/
Resumo: Introdução: Craniofaringioma adamantinomatoso (aCF) tem como principal alteração molecular a presença de mutação no gene CTNNB1 e ativação da via Wnt. Redução do comprimento dos telômeros e/ou aumento da atividade da telomerase têm sido envolvidos no desenvolvimento e progressão de neoplasias. Objetivo: Avaliar como o comprimento dos telômeros se comporta no craniofaringioma adamantinomatoso (aCP) e se contribui para a patogênese de aCPs com e sem mutações no gene CTNNB1 e seu potencial significado clínico e prognóstico. Métodos: Estudo retrospectivo transversal envolvendo 42 pacientes com aCF de dois centros terciários. Dados clínico-patológicos foram coletados dos prontuários. Amostras dos tumores frescas congeladas foram utilizadas para análise de DNA e RNA. Comprimento telomérico foi avaliado por qPCR (razão T/S), mutações somáticas no gene CTNNB1 e na região promotora do TERT (TERTp) foram avaliadas por Sanger e/ou sequenciamento de nova geração. Resultados: Mutações no CTNNB1 foram detectadas em 29 (69%) dos tumores. Houve maior frequência de mutações CTNNB1 em aCFs de pacientes diagnosticados com idade menor de 15 anos (85% vs 15%; p=0,04) e maior tendência à doença recorrente (76% vs 24%; p=0,1). Não foi detectada mutação na região do promotor do gene TERT (TERTp). O comprimento telomérico foi menor em aCFs com mutação no CTNNB1 (0,441, IQR:0.297-0.597 vs 0.607, IQR:0.445-0,778; p=0,04), mas essa diminuição não foi associada às características clínico-patológicas nem com recorrência dos tumores. Conclusão: Em aCF as mutações CTNNB1 são mais frequentes em crianças e adolescentes e parecem associar-se à doença progressiva. Os aCFs com mutação CTNNB1 têm telômeros mais curtos. Esta é a forte evidência para uma relação entre a via Wnt/ß-catenina e a biologia do telômero na patogênese dos aCFs.