Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Jacileide |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-04082006-160226/
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Resumo: |
Trata-se de um estudo de natureza exploratória descritiva, com abordagem qualitativa. O arcabouço teórico que subsidiou a construção dos pressupostos e a análise dos resultados foram problematizações da Nova História francesa, aliadas às contribuições da fenomenologia sobre o tempo vivido, visando à exploração histórica e à compreensão do fenômeno estudado. Quanto às técnicas ou procedimentos de pesquisa, utilizamos a história oral temática acerca do tempo no hospital psiquiátrico através da questão norteadora: Como você registra o tempo aqui no Hospital?" e suas correlatas, Há quanto tempo você está no Hospital?", Como você passa o dia no Hospital?". Objetivamos investigar as estruturas de sustentação temporal de pacientes psiquiátricos indigentes, com história de mais de vinte anos de internação em manicômio, que não dispunham de calendários e/ou relógios, assim como, relacionarmos tais estruturas às práticas e aos agentes da cultura manicomial e relacionarmos a negação do tempo no hospital psiquiátrico tradicional à possibilidade de acesso ventilada pela transformação dos serviços de atenção em saúde mental (a instituição negada/inventada). Os resultados encontrados apontam para a predominância de um tempo que, embora morto", se impõe na ausência de conectores convencionais (calendário e relógio), através de nostalgia, silêncio eloqüente, um distanciamento que oscila entre uma imediata justificação ou aversão" ao tema. Os sujeitos da pesquisa denunciam uma temporalidade interceptada, uma presença faltante" marcada pela vivência institucional, mas também por resquícios de um passado pessoal, onde o porvir, hoje, propugnado pela atenção psicossocial exige o re-aprendizado" das formas de lidar com os mecanismos temporais que caracterizam a passagem do tempo na sociedade extramuro. |