Avaliação histomorfométrica comparativa do processo de reparo de defeitos ósseos perenes em calvária de ratos tratados com -fosfato tricálcio, hidroxiapatita sintética, hidroxiapatita sintética + -fosfato tricálcio e osso autógeno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Martins, Angélica Cristina de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25142/tde-17082010-153553/
Resumo: Os objetivos do trabalho foram caracterizar as biocerâmicas a base de hidroxiapatita (HA), -fosfato tricálcio (TCP) e o compósito HA/TCP na proporção 60:40 pela análise microestrutural e por Espectrometria de Energia Dispersiva de Raios-X (EDS) ao microscópio eletrônico de varredura, e comparar histomorfometricamente o processo de reparo ósseo de defeitos cranianos perenes tratados com essas três diferentes cerâmicas e o enxerto autógeno nos períodos de 0, 30, 90 e 180 dias pós-operatório. Microestruturalmente, a HA apresentou superfície irregular com concavidades, fendas e grande quantidade de microporos; o TCP exibiu superfície irregular e baixa resistência mecânica; a HA/TCP apresentou superfície lisa com raras concavidades e ausência de porosidades. As cerâmicas estavam constituídas pelos elementos O, P e Ca, sendo que a relação Ca/P seguiu a ordem: HA/TCP > HA > TCP. Morfometricamente, o volume inicial enxertado foi aproximadamente de 60 mm3 para todos os tratamentos. Entre 30 e 180 dias, o volume total da região do enxerto (Vtre) e do material enxertado (VM) manteve-se constante nos defeitos tratados com osso autógeno (Vtre = 53,61 mm³, VM =20,11 mm³), HA (Vtre = 60,13mm³, VM = 32,72 mm³), HA/TCP (Vtre = 57,60mm³, VM = 31,61 mm³), TCP (Vtre = 38,27mm3, VM = 10,07 mm³). Aos 30 dias, o volume de tecido ósseo no grupo autógeno foi de 22,06 mm³, ocupando quase a totalidade dos espaços entre as partículas, enquanto que, nos grupos HA e HA/TCP foi de apenas 7,62 mm³, sendo parte dos espaços (19,10 mm3), constituído por tecido conjuntivo fibroso. Entre 30 e 180 dias, o volume de tecido ósseo não apresentou diferenças estatísticas significantes (p>0,05). O número absoluto de osteoblastos e osteócitos no grupo autógeno foi, respectivamente, de 118,57 x102 e 178,57 x102 células, aos 30 dias, diminuindo 40,16% e 29,09% aos 90 dias, decorrente do processo de remodelação óssea. Nos grupos HA e HA/TCP, o número absoluto de osteoblastos e osteócitos foram similares e permaneceram constantes dos 30 aos 180 dias, com uma média de 39,13 x102 e 132,20 x102 células, respectivamente. Com relação ao grupo TCP, o volume de tecido ósseo foi de 4,16mm3 aos 30 dias e aumentou 70,27% aos 90 dias, passando a ocupar 13,93 mm³ do Vtre. Concomitantemente, o número absoluto de osteoblastos e osteócitos passaram, respectivamente, de 5,64 x102 e 37,01 x102 células, aos 30 dias, para 67,46 x102 e 166,13 x102 células, aos 90 dias. Baseados nos resultados aqui obtidos, concluímos que, no modelo experimental de defeitos cranianos em ratos, o enxerto autógeno é ainda, o padrão ouro para reconstrução óssea, enquanto que, dentre as cerâmicas analisadas, o TCP é o melhor biomaterial ósseo-substituto.