Avaliação histológica e imunoistoquímica da inervação intestinal em cães portadores de intussuscepção submetidos a enterectomia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Barros, Leda Marques de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-12122008-112332/
Resumo: O objetivo do presente trabalho foi avaliar a preservação da inervação de porções intestinais macroscopicamente viáveis em cães portadores de intussuscepções. Para tanto, realizou-se comparação entre segmento intestinal proveniente deste grupo de animais (G1) e segmentos intestinais de animais sem qualquer distúrbio do aparelho digestório (G2). Avaliações histológicas e imunoistoquímicas foram realizadas em sistema computadorizado (Image Pro-Plus®) além da avaliação tardia da qualidade de vida e função digestiva. As variáveis analisadas foram: densidade média das camadas musculares circular e longitudinal, relação entre as camadas musculares, número média de plexos mioentéricos, densidade celular média dos plexos mioentéricos, grau de degeneração neuronal nos plexos mioentéricos, imunoreatividade à sinaptofisina e ao NSE além de existência de distúrbios de defecação. Com exceção da densidade celular média da camada longitudinal, relação entre as camadas musculares e imunoreatividade à sinatpofisina, todos os demais parâmetros apresentaram diferença estatisticamente significativas entre os grupos testados. Foram observadas correlações entre densidade celular média dos plexos mioentéricos e densidade celular média da camada muscular circular; grau de vacuolização dos plexos mioentéricos e imunoreatividade ao NSE; além de grau de vacuolização dos plexos mioentéricos e densidade celular média dos plexos mioentéricos. Quanto aos anticorpos utilizados, o NSE apresentou melhor padrão de marcação quando comparado à sinaptofisina. Dos 13 cães pertencentes ao G1, três foram a óbito no pós-operatório inicial. No período pós-operatório tardio, três cães apresentaram alterações de consistência e freqüência de defecação, além de episódios diarréicos agudos intermitentes. O tempo de segmento foi de 6 meses após intervenção cirúrgica. Os achados deste estudo sugerem que porções intestinais macroscopicamente viáveis podem apresentar lesões de inervação eventualmente traduzidas em sintomatologia clínica futura. Assim sendo, deve-se avaliar de maneira cuidadosa a margem cirúrgica preservada durante o procedimento de enterectomia/enteroanastomose bem como realizar acompanhamento da função digestória tardia.