Participação de CREB/CRTC-2 na ativação do programa gênico da neoglicogênese hepática induzida pela inervação noradrenérgica, durante o estresse térmico, em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Morgan, Henrique Jorge Novaes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17134/tde-05072021-163556/
Resumo: É bem estabelecido que a proteína ligante ao elemento responsivo de AMPc (CREB) associada ao seu coativador transcricional do tipo 2 (CRTC-2) exerce um papel chave na indução do programa gênico da neoglicogênese hepática, em resposta ao glucagon. Entretanto, muito pouco se conhece sobre o papel do Sistema Nervoso Simpático (SNS) na modulação deste complexo transcricional e seus efeitos fisiológicos resultantes. O trabalho teve como objetivo investigar a participação de CREB/CRTC-2 na ativação do programa gênico da neoglicogênese hepática induzida pela inervação simpática, durante o estresse térmico, em camundongos. Inicialmente, investigou-se a arquitetura da inervação noradrenérgica do fígado de camundongos (C57Bl6J) machos pela técnica de 3DISCO (Imagens 3D de órgãos clareados com solvente) constatou-se que os nervos simpáticos ficam restritos à vasculatura. Em paralelo, camundongos foram simpatectomizados (6-hidroxidopamina; 100 mg.kg-1.dia-1; T0, T2 e T7 dia de vida pós-natal; i.p) ou tratados com salina. Após 8-10 semanas, os animais foram expostos ao frio (4ºC) ou mantidos em temperatura ambiente, por 3 e 6 horas. O fígado foi extraído para a quantificação de proteínas por Western blot e análise gênica por RT-PCR. A atividade transcricional de CREB in vivo foi avaliada por meio de camundongo repórter CRE-luciferase. Os resultados foram expressos em média ± EPM e submetidos à análise estatística apropriada (p<0,05). A exposição ao frio aumentou a glicemia, o conteúdo hepático de noradrenalina e de PEPCK, uma enzima chave da neoglicogênese, bem como a fosforilação e atividade transcricional in vivo de CREB e de defosforilação de Ser275 CRTC-2. Todos esses efeitos foram abolidos ou atenuados pela simpatectomia. Verificou-se também que a exposição ao frio estimulou as cascatas de sinalização do AMPc e do Ca2+ e que a simpatectomia só foi capaz de modular proteínas relacionadas à via do Ca2+. Embora FoxO, assim como CREB, esteja também ativo no fígado de animais expostos ao frio, este fator transcricional não é modulado pelo SNS. Em conjunto, os dados indicam que CREB/CRTC-2 participam da ativação do programa gênico da neoglicogênese hepática induzida pela inervação simpática, durante o estresse térmico agudo.