Representações sociais de cuidadores domiciliares de idosos pós Acidente Vascular Encefálico.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Tamanini, Rosângela de Abreu Venancio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-20022013-162940/
Resumo: O aumento da longevidade pode ser considerado como uma das principais conquistas da humanidade no presente século, porém este fenômeno modificou os padrões de morbidade, os cuidados e a atenção prestada à saúde do idoso, principalmente devido ao aparecimento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como por exemplo, o Acidente Vascular Encefálico (AVE), que ao acarretar sequelas físicas e emocionais pode comprometer a capacidade funcional, autonomia, independência e tornar o idoso acometido dependente de cuidados dos familiares. Sob essa perspectiva este estudo utilizou-se da abordagem qualitativa para identificar e compreender como se dá o processo de assumir a função de cuidador domiciliar do idoso pós AVE, para isso foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com seis cuidadores domiciliares assistidos pelo Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) do Município de Ribeirão Preto-SP. A partir da análise dos dados foi possível traçar o perfil sociodemográfico desses participantes, que eram todos do sexo feminino, com grau de parentesco de esposas e filhas, idade variando entre 44 e 71 anos, com predomínio da religião católica, da baixa escolaridade (até cinco anos de estudo) e com renda mensal de aproximadamente R$1.700,00. Também foi possível organizar o conteúdo em dois temas: O processo de cuidar e os sentimentos envolvidos e O impacto da doença na família: mudanças na rotina e as estratégias de enfrentamento, os quais apontam e discute a influência de sentimentos como gratidão, obrigação, surpresa frente ao inesperado, raiva, medo, exclusão e sobrecarga, na determinação do cuidador; as alterações sofridas no núcleo familiar após a instauração da doença e quais as formas de enfrentamento utilizadas para superar as questões financeiras, de dinâmica familiar e de problemas de saúde resultantes das exigências de esforço físico e mental advindos do papel de cuidador. Sendo assim, foi possível averiguar a importância do papel de cuidador domiciliar e a necessidade de apoio a esses indivíduos, seja através de programas específicos ou da efetivação dos já existentes a fim de auxiliá-los no desenvolvimento do cuidado adequado ao idoso e na diminuição do aparecimento de problemas em sua saúde.