Avaliação do impacto de intervenção sobre segurança do paciente no conhecimento e atitude dos alunos do 6º ano de medicina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Laurindo, Mariana Candida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17157/tde-20032019-162457/
Resumo: Introdução: A segurança é considerada um pilar da qualidade dos cuidados à saúde e seu sucesso depende do comprometimento individual e coletivo. Os ensinamentos teórico-práticos transferidos aos alunos acerca dessa temática garantem melhoria na assistência prestada. Objetivo: Avaliar o impacto de intervenção sobre segurança do paciente no conhecimento e atitude dos alunos de medicina. Metodologia: Trata-se de uma análise do tipo intervenção, não randomizado, com grupo único de comparação - antes e depois -, prospectivo e exploratório, com abordagem quantitativa, realizado com 98 estudantes do curso do 6º ano de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), São Paulo, Brasil. A coleta de dados ocorreu de janeiro a novembro de 2017, utilizando um questionário físico contemplando a caracterização dos alunos, bem como os aspectos conceituais e atitudinais sobre o erro humano e a segurança do paciente. Discussão: Como resultados, verificou-se o predomínio de estudantes do sexo masculino (62%) com a média de idade de 25,8 anos, enquanto, em relação aos aspectos conceituais evidenciou-se a melhoria do entendimento sobre a temática \"erro humano e segurança do paciente\", como se pode destacar nas assertivas \"Cometer erros na área da saúde é inevitável\", com média 4,0 na escala de Likert - mostrando que 70% dos alunos de medicina concordaram com a afirmação antes da intervenção educativa (pré-teste), sendo que, após a mesma (pós-teste), a média foi para 1,8 (68% discordaram). 42% dos estudantes (média de 3,6) ainda começaram concordando que \"para a análise do erro humano é importante saber as características individuais do profissional que cometeu o erro\", enquanto no pós-teste 59% deles (média de 2,3) discordaram. Conclusão: Conclui-se que os alunos, depois da intervenção educativa em sala de aula, conseguiram contemplar vários aspectos conceituais relacionados à segurança do paciente e às responsabilidades dos docentes e discentes frente à assistência. Porém, a intervenção educativa teve sua limitação quanto à evidência de mudanças nas atitudes dos alunos, uma vez que, a aprendizagem é considerada condição necessária, mas não suficiente, pois fatores contextuais e as características do próprio indivíduo podem influenciar a transferência efetiva do conhecimento, habilidades e atitudes para as atividades laborais. Nesse sentido, os próximos estudos podem levar em consideração a teoria dos fatores humanos, que não promete soluções instantâneas para a melhoria no cuidado prestado, mas pode fornecer uma riqueza de recursos para o progresso sustentável que minimizem erros e promovam uma cultura de segurança organizacional