Biodiversidade e estoques de carbono de um Cerrado stricto sensu na Reserva Biológica de Mogi Guaçu-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Risante, Ana Paula de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-17072017-121713/
Resumo: O desmatamento para uso agrícola é uma das principais causas da devastação dos biomas brasileiros como a floresta amazônica, o cerrado e a mata atlântica. A grande extensão do desmatamento com a derrubada e a queima das vegetações é a principal fonte de emissão de gases do efeito estufa do Brasil - quarto maior emissor mundial. Uma grande porcentagem do carbono estocado encontra-se na biomassa aérea das fisionomias florestais, enquanto que, nas vegetações de cerrado, a biomassa subterrânea corresponde à maior parte. São ainda poucos os estudos realizados a respeito de estimativas de carbono na biomassa subterrânea, ou mesmo na biomassa aérea, de vegetações de cerrado. O objetivo desta pesquisa foi relacionar os estoques de carbono aéreos e subterrâneos de um cerrado stricto sensu existente na Reserva Biológica de Mogi Guaçu (Martinho Prado - SP) com sua biodiversidade. Para isso estabeleceu-se, de modo sistemático, 10 parcelas de 10x50m subdivididas a cada 10m. Todas as plantas com diâmetros à altura do peito (DAPs) dos troncos maiores que 5 cm foram medidas e identificadas ao nível de espécie calculando-se posteriormente os índices de: diversidade de Shannon-Wiener, equitabilidade de Pielou e riqueza. A biomassa e o carbono aéreo destas árvores foram calculados com o auxílio de equações estabelecidas pela literatura. Foram coletadas amostras de raízes utilizando-se uma cavadeira manual para determinar seus estoques de biomassa e de carbono. Também se retirou amostras indeformadas de solo em diferentes profundidades (0-30cm) para cálculo de densidade do solo e determinação do carbono orgânico. A área de estudo apresentou um total de 64 espécies distintas e 773 indivíduos. A espécies vegetais mais recorrentes foram: Xylopia aromatica (pimenta de macaco) (10,9%), seguida por Syagrus flexuosa (coco babão) (8,8%), Copaifera langsdorffii (pau de óleo) (8,67%), Qualea grandiflora (pau-terra) (8,41%). Houve uma correlação positiva e significativa entre diversidade de Shannon e biomassa e carbono aéreos. Os maiores índices de diversidade de Shannon apresentados foram 2,966 e 2,927. A biomassa área média de foi 37,412 Mg.ha-1 e o carbono aéreo médio foi de 19,65 Mg.ha-1. Já a biomassa média de raízes foi de 3,20 Mg.ha-1 com um teor de carbono variando de 48 a 54%. O estoque médio de carbono do solo foi de 8,51 Mg.ha-1. A porção do solo nas profundidades de 0-10cm apresentaram as maiores concentrações de carbono orgânico. Por outro lado, a densidade do solo apresentou os maiores valores nas camadas de 20-30 cm de profundidade. Houve uma relação negativa significativa entre a densidade e o carbono orgânico do solo.