Estoque de carbono e atividade microbiana em sistemas silvipastoris na zona da mata de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: FERREIRA, Juscélia da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4824
Resumo: A conversão de áreas de vegetação nativa em pastagem pode contribuir para a emissão de gases de efeito estufa, ocasionada pela mudança no uso do solo. O uso de sistemas silvipastoris, que integram espécies arbóreas leguminosas e gramíneas, pode ser uma opção viável para mitigar essas emissões com aumento do estoque de carbono e nitrogênio no solo. O objetivo do trabalho foi avaliar o estoque de carbono (EC) e atividade microbiana em sistemas silvipastoris na Zona da Mata de Pernambuco. Para isso foi realizada coleta de solo nos períodos seco e chuvoso em experimento avaliando consórcios de braquiária (Brachiaria decumbens Stapf.) com sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth) ou com gliricídia (Gliricidia sepium (Jacq.) Steud.). Foram retiradas amostras de solo até 100 cm de profundidade aos 0,4,e 8 m de distância da faixa da leguminosa, e até os 20 cm em pontos com 0,2,4,6 e 8 m de distância da faixa da leguminosa para análises biológicas. Foram determinados carbono orgânico total (COT), nitrogênio total (NT), fracionamento químico da matéria orgânica do solo (fração ácido fúlvico-AF; ácido húmico-AH e humina-HUM), densidade do solo, carbono da biomassa microbiana (Cmic), respiração basal do solo (RBS) e calculado o quociente metabólico (qCO2) e estoque de carbono (EC). Não houve diferença significativa (p>0,10) para Cmic entre distâncias da faixa da leguminosa no período chuvoso. A RBS apresentou diferença significativa (p<0,10) no período chuvoso entre distâncias da faixa da leguminosa e camadas. No período seco, o maior valor de quociente metabólico (qCO2) ocorreu na camada de 0-10 cm, na distância 2. Houve diferença significativa entre sistemas e distâncias da faixa da leguminosa para COT no período seco, com os maiores teores nas distâncias 8 e 4, para gliricídia e sabiá, respectivamente. Houve diferença significativa (p<0,10) entre camadas no EC no período seco, com maior estoque nas camadas de 20-60 cm. No período chuvoso observou-se maior uniformidade do EC, com diferença significativa apenas na camada de 0-10 cm na posição 8 com sabiá 33% superior. Para NT ocorreu diferença significativa (p<0,10) entre camadas com teores que variaram nos dois períodos avaliados, com maior concentração nas camadas superficiais reduzindo em profundidade. Para o fracionamento químico, no geral, a fração AF apresentou os menores teores de C, com os maiores teores das três frações (AF, AH e HUM) no consórcio com sabiá. A atividade biológica refletida pelos valores de Cmic e RBS comprovou a capacidade dos sistemas silvipastoris em sustentar a microbiota do solo. Os maiores teores de C nas frações mais estáveis no consórcio com sabiá o destacou com maior eficiência de reter carbono. O sistema silvipastoril apresentou EC semelhante a outros sistemas de manejo, mas não se descarta possibilidade de maior retenção de C em uma avaliação do experimento a longo prazo.