Entre tradições e traduções: as dinâmicas do campo científico e a Geografia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barros, Luiz Gustavo Meira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-18022021-091451/
Resumo: O século XXI nos coloca diante da evolução da multiplicidade de ciências e possibilidades de pesquisas em ramos em continuo crescimento e profusão. Essa parece ser uma das situações corriqueiras da produção de conhecimento nas universidades, que podem ser classificadas como pertencentes a uma nova tradição no início do século XIX. As antigas Universidades medievais vão dando lugar para a nova universidade moderna, cuja base de funcionamento deu-se pela primeira vez com a fundação da primeira universidade em Berlim. A contextualização histórica na mudança de visão sobre o papel da ciência ao longo do período que chamamos de moderno produz um olhar para as práticas científicas como um objeto de análise possível para a própria pesquisa científica. Utilizando da noção de uma crise de visão da história no século XX e sua virada nos anos 70 para um novo paradigma amplamente debatido no meio filosófico, da noção de Pós-moderno. A dúvida sobre o papel das universidades servirem de base para uma reflexão sobre como a Geografia pode encontrar seus caminhos futuros com uma situação estabelecida de ampla fragmentação do conhecimento, superespecialidades surgindo com cada vez maior apelo comercial, técnico e financeiro. A Geografia nasce no fio da navalha de um projeto de civilização europeia cuja base fundamenta-se na lenta busca de autonomização das ciências sociais e humanas em busca de uma ordem ontológica própria, separando-se da lógica que se desenvolvia apenas dentro das ciências naturais. A busca de autonomização leva a Geografia a estabelecer sua base ontológica sobre duas extensas áreas, dificultando a estabelecimento de uma visão mais focada e unívoca. A multiplicidade de visões e o relativismo cultural tornam-se patentes desse atual momento das discussões sobre o papel social dos cientistas e como a geografia e sua atual configuração com um sistema físico e social incentivados em sua separação dupla leva a um estágio de busca.