Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pontes, Júlia Clara de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-08022022-144346/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: As trajetórias escolares de pessoas trans e travestis têm sido marcadas por processos discriminatórios que levam, em muitos casos, à interrupção da escolarização. O aumento gradual de jovens trans matriculados no ensino médio no estado de São Paulo e as interações sociais com pessoas trans no território escolar ressaltam a importância do tema. Assim, esta pesquisa de mestrado procurou compreender como professores percebem e agem diante de jovens que reivindicam uma identidade de gênero distinta daquela atribuída ao nascer. MÉTODO: Os dados foram coletados no âmbito do Projeto Temático Vulnerabilidades de jovens às IST/HIV e à violência entre parceiros: avaliação de intervenções psicossociais baseadas nos Direitos Humanos, a que esta dissertação se vincula. Foram realizadas cinco entrevistas individuais e semiestruturadas com professores de uma escola de ensino médio localizada na Baixada Santista (SP) e atividades de observações participantes na mesma instituição. De orientação etnográfica, a análise dos dados foi guiada pelo debate sobre gênero e sexualidade. RESULTADOS: Observou-se que, apesar de implicados com o tema, os professores articulam uma concepção de gênero na direção do reforço da oposição binária entre feminino e masculino e na expectativa de coerência entre sexo e gênero. Essa concepção de gênero dificulta o reconhecimento do gênero reivindicado pelas pessoas trans, a utilização de pronomes adequados e o manejo de situações cotidianas, como o uso do banheiro e de ocorrências discriminatórias. Embora preocupado(as) com o bem-estar dos estudantes trans, o(as) professor(as) entrevistado(as) expressaram dificuldades em compreender parte de suas necessidades e demandas, sobretudo quando fogem ao esperado para estudantes cisgêneros. CONCLUSÕES: Apesar de importantes para garantir alguns direitos de jovens estudantes trans, as portarias de nome social não garantem o reconhecimento e respeito pleno da sua identidade de gênero, sendo necessárias intervenções com a finalidade de ampliar o debate em torno do tema. Sugere-se, assim, o investimento em programas formativos capazes de promover e/ou aprofundar a reflexão sobre as normas e convenções sociais de gênero, sobretudo em relação à chamada cisnormatividade |