Processo de transexualização: uma trajetória de militância trans na cidade de Juiz de Fora 2011-2016

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Nunes, Marina Cápua lattes
Orientador(a): Oliveira, Marcella Beraldo de lattes
Banca de defesa: Souza, Érica Renata de lattes, Perucchi, Juliana lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3622
Resumo: A presente dissertação visa descrever e analisar uma trajetória de militância trans na cidade de Juiz de Fora, a incluindo na discussão antropológica dos estudos de gênero e sexualidade. A saber, à trajetória de vida de Beatriz, entre 2011 e 2016 na cidade de Juiz de Fora, que participou da fundação do VisiTrans e é militante pelo Coletivo da Diversidade Sexual e de Gênero “Duas Cabeças”, e sua luta é pelas “pessoas que passam pelo o que eu passo”. Ou seja, não só pelo percuso das transformações corporais, mas pelas faltas e falhas de políticas públicas que patologizam sua subjetividade ao invés reconhecer pessoas trans como sujeitos de direito. Esta trajetória percorre o caminho da implementação das primeiras políticas públicas para a diversidade sexual e de gênero no Brasil e dos conflitos sexuais nacionais decorrentes desta concessão de direitos que reverberam na cidade mineira de Juiz de Fora. Especificamente esta pesquisa apresenta uma análise etnográfica sobre a paulatina introdução desta trajetória de vida na militância universitária pela diversidade sexual e de gênero na Universidade Federal de Juiz de Fora buscando refletir e compreender como esta trajetória, ao agenciar sua militância, segue negociando sua autonomia trans nos âmbitos da saúde, do direito e da política. Assim foi possível alcançar algumas considerações sobre três aspectos, o primeiro sobre a restrição da autonomia trans no âmbito da saúde e do direito que levaram esta trajetória a aderir e agenciar estratégias locais eficazes, porém, que demosntram a necessidade do aperfeiçoamento do processo transexualizador do SUS e a despatologização da transexualidade. O segundo sobre como em uma situação de conflito sexual na política a autonomia trans ao mesmo tempo pode ser cerceada e pode ser protagonizada em níveis distintos. E terceiro sobre em que termos políticos torna-se possível uma autonomia trans incorporada.