Toxicidade de inseticidas organo-fosforados para larvas de Aedes aegypti (L., 1762) (Diptera: Culicidae) e avaliação dos seus resíduos em alface (Lactuca sativa L.), couve (Brassica oleracea var. acephala L.) e almeirão (Chicorium intybus L.).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1974
Autor(a) principal: Oliveira, José Vargas de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-152724/
Resumo: A presente investigação trata do estudo da suscetibilidade de larvas do 4º instar de A.aegypti a inseticidas organo-fosforados e determinação dos seus depósitos ou resíduos em plantas de alface, couve e almeirão. Inicialmente, preparou-se soluções-padrão dos inseticidas técnicos, diclorvos, mevinfos, paratiom metílico, paratiom etílico, fentoato, diazinom e malatiom em acetona destilada, diluindo-as, a seguir, no mesmo solvente, a fim de obter-se concentrações variáveis e conhecidas destes produtos. Posteriormente, submetia-se 20 larvas da população experimental a níveis crescentes dos inseticidas, em soluções aquosas de 100 ml, aproximadamente. Adotou-se o critério de mortalidade na avaliação da resposta fisiológica do organismo. A partir das percentagens de mortalidade obtidas, após 24 horas, traçou-se as curvas dosagem x mortalidade, através de regressão linear, conforme BLISS (1953). A toxicidade dos inseticidas para o organismo estudado, baseou-se nos valores LC50, obedecendo a seguinte ordem decrescente: paratiom, metílico, paratiom etílico, fentoato, diclorvos, mevinfos, malatiom e diazinom. Em plantas de alface, couve e almeirão, pertencentes as variedades Babá, Manteiga e Folha Larga, respectivamente, procedeu-se 3 pulverizações, espaçadas de 7 dias, 25 dias antes da colheita, em Piracicaba-São Paulo, Brasil. Utilizou-se 7 tratamentos e 2 repetições, em conformidade ao delineamento experimental inteiramente casualizado. Empregou-se os seguintes inseticidas, com as quantidades tóxicas expressas em p.a/ha, para cada aplicação: a) diclorvos C.E. 10096 2.550 ml; b) mevinfos S.C. 25%. 1.220 ml; c) paratiom metílico C.E. 60% 1.430 ml; d) paratiom etilico C.E. 60% 820 ml; e) fentoato C.E. 50% 3.060 ml; f) diazinom P.M. 40% 1.770 g; g) malatiom C.E. 50% J.740 ml. Avaliou-se níveis de depósitos ou resíduos em amostras de 50 g de folhas, colhidas logo em seguida ao último tratamento e com 1 dia, 3, 7 e 14 dias depois. O método analítico adotado, baseou-se na técnica proposta por LAUG (1946), com algumas modificações. Estudos da influência de materiais co-extraídos e cálculo dos fatores de correção foram efetuados com amostras-testemunha, coletadas de canteiros separados. Nas condições do ensaio, a bio-análise em referência determinou os intervalos de segurança, a seguir: a) alface - 1 e 7 dias, respectivamente, para malatiom e paration etílico; b) couve - 3 dias, respectivamente, para malatiom, paration metílico e paration etílico; c) almeirão - 1 e 3 dias, respectivamente, para malathion e paration etílico. Nos casos de paration metílico em alface e almeirão, mevinfos e diazinon nas três hortaliças, será necessária limpeza dos extratos para o emprego conveniente deste ou de outro método biológico, a fim de se estabelecer períodos de carência precisos. Para diclorvos e fentoato, dada a inexistência de limites de tolerância reconhecidos pelas leis brasileiras, não se pôde estabelecer estes intervalos de segurança. Entretanto, o método analítico revelou-se satisfatório para análises de resíduos de fentoato nas três hortaliças empregada.