Influência de cultivares de couve (Brassica oleracea L. var.acephala) na biologia e nutrição de Agrotis subterranea (Fabricius, 1794) (Lepidoptera-Noctuidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1982
Autor(a) principal: Vendramim, José Djair
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20210104-160531/
Resumo: Foi estudada a influência de 13 cultivares de couve em relação à A. subterranea, baseando-se em alguns aspectos biológicos do inseto. Os experimentos foram conduzidos em câmara climatizada mantida à temperatura de 25 ± 1°C, umidade relativa de 60 ± 10% e fotoperíodo de 14 h. Nas duas cultivares em que o inseto apresentou o pior desenvolvimento, em termos de duração do ciclo biológico, peso e/ou viabilidade larval e pupal (‘Manteiga Ribeirão Pires 2446’ e ‘Manteiga Ribeirão Pires 2620’) e naquela em que foi observado o melhor desenvolvimento (‘Gigante 915’) foi medido o consumo e utilização de folhas “in natura” e de meios artificiais a base de macerados de folhas. Em folhas, foram estudados os seguintes índices: índice de consumo (CI), razão de crescimento (GR), digestibilidade aproximada (AD), eficiência de conversão do alimento ingerido (ECI) e eficiência de conversão do alimento digerido (ECD), sendo que nas dietas à base de macerados de folhas foram determinados apenas os três últimos. As cultivares utilizadas influenciaram na duração e viabilidade larval, duração, peso e viabilidade pupal, e porcentagem de adultos deformados, mas não afetaram o peso das lagartas no máximo desenvolvimento e a longevidade dos adultos. O consumo de folhas, o ganho de peso pelas lagartas e o peso das fezes produzidas, aumentaram com o desenvolvimento do inseto, atingindo o máximo no 6º ínstar. Foi observada estreita correlação positiva entre o ganho de peso seco pela lagarta e o peso seco de alimento consumido. As lagartas criadas em folhas de ‘Manteiga Ribeirão Pires 2446’ apresentaram maior consumo de alimento, medido em peso seco ou área foliar, maior CI e AD, e menor ECI e ECD em relação às demais cultivares. Não houve influência das cultivares utilizadas na razão de crescimento. O índice AD decresceu com o desenvolvimento do inseto, aumentando no ínstar final, ocorrendo o inverso com ECI e ECD. Houve correlação inversa entre AD e (ECI-ECD) nas três cultivares testadas e entre AD e ECD, nas cultivares ‘Manteiga Ribeirão Pires 2620’ e ‘Gigante 915’ nos dois substratos alimentares utilizados. Em folhas d essas duas cultivares observou-se ainda correlação inversa entre CI e ECI, e CI e ECD. Nas dietas à base de macerados d e folhas das cultivares ‘Manteiga’ constatou-se maior AD e menor ECD em relação à ‘Gigante 915’, não sendo observada diferença no ECI entre as cultivares testadas. Concluiu-se também que os meios artificiais à base de macerados de folhas podem substituir as folhas “in natura”, na determinação dos Índices de consumo e utilização de alimento.