Ecoeficiência em cervejarias artesanais: um estudo de casos múltiplos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Andrade, Felippe Paolucci de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-26112020-175521/
Resumo: A produção de cerveja artesanal vem ganhando espaço no mercado brasileiro, uma vez que os consumidores buscam um produto de maior qualidade e inovador. Entretanto, as microcervejarias correm o risco de adotar hábitos nocivos comuns ao próprio setor, no que concerne ao desperdício de água, alto consumo de energia e geração de resíduos sólidos. Entende-se que um diagnóstico das práticas de Produção Mais Limpa (P+L) pode colaborar para a ecoeficiência do negócio, atendendo às necessidades financeiras desse subsetor e contribuindo com o benefício socioambiental. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo investigar o nível de ecoeficiência das cervejarias artesanais a partir da aderência às práticas de P+L recomendadas pela Cetesb. Para isso, realizou-se um estudo de casos múltiplos, no qual participaram três das oito cervejarias artesanais que formam o Polo Cervejeiro de Ribeirão Preto, que se configura em um Arranjo Produtivo Local (APL). A princípio, identificaram-se as recomendações propostas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), órgão de controle de poluição, para cervejarias, no que diz respeito à água, energia e subprodutos, as quais foram adaptadas ao modelo a ser investigado. O instrumento de coleta de dados foi composto por entrevistas aos gestores e responsáveis pelo processo de produção, além da visita técnica. Os resultados obtidos, com os dados analisados desta amostra, permitiram inferir que, quanto maior a aderência nas práticas de P+L, menor o consumo de recursos, como água e energia, e os custos que se tem com eles, portanto, melhor o nível de ecoeficiência do negócio. O porte, restrições financeiras e de espaço físico, também, foram fatores presentes quando da ausência de P+L. Entende-se, desse modo, que a ecoeficiência é uma ferramenta que pode auxiliar os gestores nas decisões relacionadas à continuidade do subsetor, pois além de promover melhorias no parque operacional, reduzindo custos, diminui, também, o impacto desse segmento na natureza. Espera-se que a divulgação dos resultados obtidos nessa pesquisa possa gerar um isomorfismo de sustentabilidade no subsetor e reflexões sobre as possíveis colaborações para o desenvolvimento sustentável dos negócios e do planeta.