Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Luísa Menezes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-29042022-113104/
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Resumo: |
A compreensão dos mecanismos que sustentam a homeostase metabólica e imunológica nos diferentes compartimentos do tecido adiposo é essencial uma vez que estes tecidos contribuem ativamente para a origem de distúrbios metabólicos. O controle da inflamação pela via colinérgica é um dos mecanismos neuroimunes mais estudados atualmente. Entretanto, pouco se sabe sobre a influência da acetilcolina na homeostase imunológica e metabólica do tecido adiposo. Nosso objetivo foi entender a comunicação entre os sistemas nervoso e imune no contexto de alterações celulares e metabólicas no tecido adiposo. Para isso, usamos camundongos transgênicos VAChtknockdown (KD), tratados farmacologicamente, ou vagotomizados (VgX) para caracterizar as células do sistema imunológico em diferentes compartimentos de tecido adiposo na deficiência de acetilcolina (ACh). Foi encontrado um enriquecimento significativo no infiltrado de células T efetoras e produção de citocinas, em particular aquelas relativas ao perfil de resposta Th2 nos animais com sinalização de ACh reduzida. Isso foi observado principalmente no tecido adiposo mesentérico (mesWAT), mas não no tecido adiposo subcutâneo, linfonodo mesentérico ou baço destes animais. Em seguida, para entender o impacto metabólico no tecido adiposo impulsionado pela via colinérgica, tratamos camundongos com uma dieta hiperlipídica (HFD) para a indução de obesidade e resistência à insulina. Camundongos com bloqueio da via colinérgica tratados com HFD apresentaram melhor performance metabólica em comparação aos controles, como ganho de peso reduzido, melhor resposta à insulina e menor acúmulo de gordura. Além disso, as populações celulares presentes no tecido adiposo mesentérico destes animais obesos com inibição da via colinérgica produziram mais citocinas do perfil Th2 em relação ao grupo controle na mesma dieta. Por fim, analisamos o papel da inervação colinérgica e produção de acetilcolina por células de diferentes tecidos. Verificamos que a densidade de fibras colinérgicas e células produtoras de acetilcolina é diferente entre os depósitos de tecido adiposo, sendo maior nos tecidos viscerais. De forma especial, as células linfoides inatas (ILCs) do mesWAT apresentaram grande densidade da enzima produtora de acetilcolina. Dessa forma, nossos dados sugerem que o sistema colinérgico é capaz de controlar o tônus imunológico dos compartimentos do tecido adiposo, principalmente o mesentérico, e pode estar envolvida no desenvolvimento de distúrbios metabólicos. |