Efeito da cicatrização de biomaterial xenógeno exposto ao meio oral em humanos e ratos: análise clínica, tomográfica e histológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Carvalho, Valessa Florindo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58132/tde-06112024-105822/
Resumo: A função bem-sucedida do implante não cumpre as demandas estéticas dos pacientes, assim, a abordagem e integridade das estruturas dos tecidos duros e moles, que são comprometidas por mudanças fisiológicas e estruturais, após a perda dentária, são desafio no tratamento da implantodontia. O objetivo deste trabalho foi avaliar os resultados clínicos e tomográficos, em pacientes após a instalação imediata de implante dentário em molar, preenchendo o gap do alvéolo com osso mineral bovino desproteinizado em nível do cicatrizador e gengiva circundante, deixando esse exposto ao meio oral (B; n=14), ou em combinação com matriz de colágeno (BM; n=14). Para complementar os resultados clínicos avaliou histologicamente, pós exodontia de incisivo de ratos, os mesmos grupos em estudo, somado o controle negativo preenchido o alvéolo apenas com coágulo (C). Em pacientes avaliou a variação de mensuração de mucosa queratinizada (ΔMQ), e medidas horizontais e verticais em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico, comparando o baseline e 4 meses pós-tratamento. O processo de cicatrização foi avaliado nos dias 02, 07 e 30 pelo grau de epitelização, e níveis de moléculas de VEGF, IL-1β e FGF-1. No estudo em animais (n=7/grupo B, BM; n=6/grupo C), os ratos foram sacrificados aos 14 dias para análises: histomorfométricas, imunoistoquímica das mesmas moléculas em pacientes, e maturação de fibras de colágeno. Dados não paramétricos foram analisados estatisticamente pelo teste U de Mann-Whitney, e dados paramétricos pelo teste de ANOVA (α=0.05). B apresentou maturação mais lenta que BM, porém em 30 dias ambos apresentaram epitelização similar. ΔMQ inicialmente foi mais representativo para BM (3,42 mm) na maxila, no entanto, após o condicionamento da gengiva com a prótese B teve maior faixa. Todos os grupos indicaram processos inflamatórios similares no imunoensaio, assim como remodelação óssea vertical e horizontal (p>0.05). A altura inicial vertical de gengiva nos pacientes foi em média de 2,25 ± 0,48 mm; e a remodelação óssea média após 4 meses foi inferior a 0,7 mm. Fibras de colágeno finas predominaram em todos os grupos. BM mostrou níveis moderados/intensos para todas as moléculas na imunoistoquímica. Biomateriais mostraram maior presença de vasos sanguíneos, e BM apresentou maior densidade de queratina. Dentre os limites deste estudo, pode-se concluir que B e BM se comportaram de maneira muito similar, sendo a opção de utilizar o osso mineral bovino desproteinizado exposto ao meio oral em implantes imediatos em área de molar, uma opção viável, desde que tenha a supervisão clínica diligente do profissional no pós-operatório.