Epidemiologia dos fatores de risco para o acidente vascular cerebral em população assistida por Unidades Básicas de Saúde do município de Bauru, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Franco, Elen Caroline
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25144/tde-07112016-102020/
Resumo: Objetivou-se identificar os fatores de risco para o Acidente Vascular Cerebral em indivíduos adultos ou idosos assistidos por núcleos de saúde do município de Bauru-SP. Trata-se de um estudo observacional de investigação transversal dos fatores de risco para o acidente vascular cerebral, realizado com 536 indivíduos que nunca tiveram esse acometimento neurológico e que possuíam idade igual ou superior a 40 anos. Foi realizada entrevista individual para investigação dos fatores de risco e classificação socioeconômica. Na análise dos dados foi aplicado o teste qui-quadrado e realizada a regressão logística múltipla (p<0,05). Houve predominância do sexo feminino (64,6%) e da faixa etária até 59 anos (56,9%). 47,0% se declararam brancos, 69,8% tinham de 1 a 8 anos de estudo, 78,2% pertenciam à classe socioeconômica baixa superior e 50,4% passaram por atendimento médico no último mês. 99,1% possuíam algum fator de risco. O excesso de peso e a inatividade física mostraram-se fatores predominantes (59,9%), seguido por hipertensão arterial (56,2%), histórico familiar (40,7%), dislipidemia (27,8%), diabetes mellitus (24,6%), uso de tabaco (18,7%), episódio anterior de Acidente Isquêmico Transitório (7,8%) e consumo excessivo de álcool (2,3%). A distribuição dos fatores de risco apresentou influência do sexo, grupo etário, grau de instrução, núcleo de saúde e período decorrente desde a última consulta médica, entretanto essa influência não ocorreu de forma homogênea. Para excesso de peso, indivíduos entre 40 e 59 anos tiveram 2.77 vezes mais chances do que indivíduos com mais de 60 anos e pertencer ao núcleo A aumentou 2.50 vezes as chances do que frequentar o núcleo D. Para inatividade física, indivíduos entre 40 e 59 anos apresentaram 1.51 vezes mais chances quando comparados àqueles com mais de 60 anos. Hipertensão arterial apresentou 2.49 vezes mais chances de ocorrer naqueles com mais de 60 anos e nos que foram ao médico há menos de um ano (2.85 vezes mais chances). Em relação ao histórico familiar pertencer ao sexo feminino aumentou em 1.63 vezes as chances. Quanto à dislipidemia, o sexo feminino mostrou 1.93 vezes mais chances, assim como os indivíduos com idade acima de 60 anos (1.68 vezes mais chances) e aqueles que foram ao médico há menos de um ano (2.43 vezes mais chances). A diabete mellitus teve 2.09 vezes mais chances de ocorrer em sujeitos com mais de 60 anos, assim como naqueles que foram ao médico há menos de um ano (2.50 vezes mais chances). Para uso de tabaco, homens tiveram 1.96 vezes mais chances, além disso, pertencer ao núcleo A aumentou 2.27 vezes as chances quando comparados ao núcleo C e aqueles que foram ao médico há mais um ano apresentaram cerca de 2.07 vezes mais chances de serem usuários de tabaco. O episódio anterior de acidente isquêmico transitório teve 2.29 vezes mais chances de ocorrer em indivíduos com mais de 60 anos. Para consumo excessivo de álcool, os homens apresentaram 25.0 vezes mais chances. Concluiu-se que 99,1% dos sujeitos apresentaram algum fator de risco, sendo o excesso de peso, inatividade física e hipertensão arterial os prevalentes.