Experiência da trombectomia mecânica no tratamento do acidente vascular cerebral agudo em um hospital universitário brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Nakiri, Guilherme Seizem
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-23072018-145034/
Resumo: O Brasil é um país em desenvolvimento que luta para reduzir sua desigualdade social extrema. Isso se reflete na falta de infraestrutura de cuidados de saúde, principalmente para a classe de baixa renda, que depende exclusivamente do sistema de saúde pública. No Brasil, menos de 1% dos pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) têm acesso a trombólise intravenosa em uma unidade especializada de AVC e as limitações para a implementação da trombectomia mecânica nos hospitais públicos aumentam a carga social do AVC. Objetivo: Avaliar a viabilidade da trombectomia mecânica como parte do tratamento de rotina em um hospital universitário público brasileiro. Pacientes e Métodos: Foram coletados dados prospectivos de todos os pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) agudo tratados por trombectomia mecânica de junho de 2011 a março de 2016. A trombectomia combinada foi realizada em pacientes elegíveis para trombólise intravenosa e com presença de oclusão de grandes artérias. Para os pacientes não elegíveis para trombólise intravenosa, foi realizada a trombectomia mecânica desde que não existisse evidência de isquemia significativa de circulação anterior (escala de pontuação Alberta Stroke Program Early CT > 6), dentro de uma janela de tempo de 6 horas; e também para pacientes com AVCI ao desperdar ou de circulação posterior, independente do tempo de início dos sintomas. Resultados: Um total de 161 pacientes foram avaliados, resultando em uma taxa de recanalização global bem sucedida de 76% e taxa de hemorragia intracraniana sintomática de 6,8%. Após 3 meses, 36% dos pacientes apresentaram um índice da Escala de Rankin modificada inferior ou igual a 2. A taxa de mortalidade geral foi de 23%. Conclusão: Nosso estudo foi a primeira série grande de trombectomia mecânica no Brasil e demonstrou resultados aceitáveis de eficácia e segurança, mesmo em condições restritas, fora do cenário ideal dos estudos clínicos randomizados.