Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Bádue, Ana Flavia Pulsini Louzada |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-12042013-103740/
|
Resumo: |
Esta dissertação de mestrado tem como tema central a mobilização políticoecológica de Decrescimento na França. Com o argumento de que o crescimento econômico destrói o meio ambiente, militantes do decrescimento acionam uma diversidade de coletivos, ações e ideias para construir uma mobilização política em forma de nebulosa. Diferente de um movimento social, de um partido político ou de um grupo com contornos bem estabelecidos, uma nebulosa é uma mobilização descentrada e aberta, que coloca em relação iniciativas distribuídas pelo território francês com a preocupação de garantir a autonomia e a particularidade de cada grupo local. A fim de discutir as implicações dessa forma de fazer política que é frequentemente considerada inovadora, esta dissertação toma como ponto de partida a nouvelle gauche, nascida em meados dos anos 1950 na França. Por meio do levantamento de algumas questões que aparecem nessa nova esquerda, discute-se as implicações do aparecimento de novas maneiras de conceber o social e agir politicamente em detrimento do marxismo, da contradição de classes e da noção de exploração por meio do trabalho. Diante da problematização do conjunto de ideias e práticas que tomava corpo naquele período, parte-se para uma discussão das continuidades e descontinuidades instauradas pelo decrescimento com relação aos movimentos precedentes, através da descrição etnográfica das relações estabelecidas pelos militantes franceses. Por fim, as novas formas de fazer política desenvolvidas pelo decrescimento são problematizadas na medida em que são aproximadas das novas formas do capitalismo. Muitas análises sugerem que a crítica tornou-se o motor do capitalismo por meio da incorporação de formas de organização social e ideológica que tem profundas afinidades com o movimento decrescimento. Dessa forma, são discutidas as contradições de um movimento que tenta colocar o crescimento em xeque. |