Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Paulo Henrique Mendes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-04082015-133540/
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Resumo: |
O teste do pivot shift é a manobra semiológica mais específica para o diagnóstico da lesão do ligamento cruzado anterior (LCA). É também o único teste que se correlaciona com a probabilidade de desenvolvimento de osteoartrose em joelhos com instabilidade rotacional persistente, após a reconstrução do LCA. Entretanto, há uma grande variabilidade na técnica utilizada para a realização deste teste, comprometendo a sua reprodutibilidade e a sua quantificação objetiva. O teste do pivot shift é influenciado pela associação entre a lesão do LCA e a de outras estruturas anatômicas do joelho. A padronização e a mensuração quantitativa do pivot shift auxiliam na categorização objetiva da frouxidão ligamentar do joelho. O objetivo desta tese foi o de compilar uma série de contribuições do autor, num total de seis publicações, na linha de pesquisa sobre a padronização, quantificação e interpretação do teste do pivot shift. A padronização do teste contribuiu para o aumento da reprodutibilidade da manobra semiológica. Nossos estudos laboratoriais em peças de cadáver demonstraram que a padronização do teste do pivot shift diminuiu de forma significativa a variação da aceleração da redução da tíbia no pivot shift (joelho esquerdo 3,0 ± 1,3 e joelho direito 2,5 ± 0,7 mm/s2) comparada ao teste realizado pela técnica de preferência do cirurgião (joelho esquerdo 4,3 ± 3,3 e joelho direito 3,4 ± 2,3 mm/s2) em cadáver cirurgicamente preparado para apresentar um pivot shift positivo com diferentes gradações em cada joelho. A validação de dispositivos não-invasivos de avaliação da frouxidão ligamentar do joelho, contribuiu para que o teste possa ser medido quantitativamente. Quando comparamos um método invasivo de referência para a mensuração do pivot shift (sensores eletromagnéticos fixados ao osso do fêmur e da tíbia) com três métodos não-invasivos (sensores eletromagnéticos fixados a pele, acelerômetro e um método de análise de imagens), constatamos que todos os métodos não-invasivos apresentaram correlação (r) positiva estatisticamente significante (p <0,01) com o método de referência. Os sensores fixos à pele tiveram r = 0,67 e r = 0,88 para os parâmetros de translação e de aceleração respectivamente. O acelerômetro apresentou r = 0,75 para o parâmetro de aceleração e o método de análise de imagens r = 0,24 para o parâmetro de translação anterior da tíbia. Portanto, neste estudo, métodos não invasivos, adequados para uso em consultório médico, puderam quantificar de forma reprodutível os parâmetros da aceleração e da translação anterior da tíbia no teste do pivot shift. A aplicação clínica destes resultados foi proposta pelo autor por meio de um novo algoritmo para o tratamento individualizado das lesões do LCA, em uma de suas recentes publicações. Embora este algoritmo precise ser validado, a sua proposta abre perspectiva para novos estudos que objetivem melhores resultados no tratamento de pacientes com lesão do ligamento cruzado anterior. |