Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Debieux, Pedro [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39312
|
Resumo: |
Introdução: Esta revisão avalia se os parafusos de interferência bioabsorvíveis podem apresentar melhores resultados do que os parafusos de interferência metálicos quando utilizados para a fixação do enxerto na reconstrução do LCA. Objetivo: Comparar a efetividade dos parafusos de interferência bioabsorvíveis e metálicos para a fixação do enxerto na reconstrução do ligamento cruzado anterior, através de meta-análise. Métodos: Foram pesquisadas as bases de dados: Cochrane Bone, Joint and Muscle Trauma Group Specialised Register, The Cochrane Library, MEDLINE, EMBASE, LILACS, Current Controlled Trials e the World Health Organization Clinical Trials Registry Platform. Ensaios clínicos randomizados e quasi-randomizado comparando parafusos de interferência bioabsorvíveis com metálicos foram incluídos na pesquisa. Os desfechos primários foram função, qualidade de vida, falhas de tratamento e nível de atividade. Ao menos dois autores selecionaram estudos elegíveis e avaliaram de forma independente o risco de viés. Os dados relevantes foram agrupados. Resultados: Onze ensaios envolvendo 981 participantes foram incluídos na revisão. Em relação à função (avaliada pelo Lysholm), quatro ensaios clínicos (220 participantes) não mostraram diferenças entre os dois métodos de fixação com 12 ou 24 meses de seguimento: MD -026, IC 95%, -1,63 a 1,11 e MD 1,10, IC 95% -1,44 a 1,64, respectivamente. Quando realizada a análise de subgrupos do Lysholm, entretanto, foi observada diferença estatística favorável ao parafuso metálico, quando o parafuso bioabsorvível era constituído por Ácido-L-Polilático (PLLA): RR -4,00, 95% CI -7,59 a -0,41. Três estudos com 24 meses (RR 1,00, 95% CI 0,81-1,24) e dois estudos com 12 meses de seguimento (RR 1,01, 95% CI 0,94-1,08) não mostraram diferenças no IKDC. Em relação ao nível de atividade (analisado pelo Tegner), dois estudos (117 participantes) com 12 meses, e três estudos com 24 meses de seguimento não evidenciaram diferenças entre o grupo bioabsorvível e o grupo que usou parafuso de metal: MD 0.08, 95% CI -0,39 a 0,55 e MD 0,41, IC 95% -0,23 a 1,05, respectivamente. Na análise de subgrupos, houve diferença estatística favorável ao parafuso de PLLA: RR 1,27, 95% CI 0,49 a 3,30. Apesar da diferença estatística, em nenhum dos desfechos supracitados observou-se relevância clínica. Em relação às falhas de tratamento, foi demonstrada uma diferença significativa entre os dois métodos de fixação, quando considerada a quebra de implante (RR 7,06, 95% CI 1,31-2,75) e quanto ao risco global de falha do tratamento (RR 1,89, 95% CI 1,31-2,75), tendo o parafuso bioabsorvível mais falhas nestes aspectos. Em oposição, não houve diferença significativa para estabilidade, testes funcionais, derrame articular, re-lesões, infecção, reação de corpo estranho, dor ou limitação de movimento. Conclusão: Não há evidência que demonstre diferença de efetividade entre parafusos de interferência metálicos com relação aos bioabsorvíveis para fixação do enxerto na reconstrução do ligamento cruzado anterior quanto a função, qualidade de vida e o nível de atividade; entretanto, há evidências de que parafusos bioabsorvíveis estão associados a mais falhas de tratamento global e quebra do implante. Os ensaios clínicos randomizados presentes na literatura fornecem evidências de moderada/baixa qualidade. |