Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Mariconda, Leticia Freire |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-10112016-134511/
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Resumo: |
Esta dissertação relê aspectos da relação entre as artes plásticas e as poéticas do espaço urbano a partir da trajetória e da obra fotográfica de Gyula Halász, conhecido como Brassaï. Além da referida reflexão, cujo objetivo implica na observação de um corpus estrito, este estudo evidencia algumas problemáticas que se inserem em contextos mais amplos. De um lado, permite apreender, através de sua singularidade, aspectos históricos, econômicos, técnico-científicos e socioculturais que são relevantes para a temática da modernidade. Por outro lado, esses aspectos relacionam-se à investigação das dinâmicas criativas, processos de conhecimento, culturas urbanas e mobilidade, que estão presentes no desenvolvimento das imensas aglomerações urbanas que se espalharam pelo globo a partir do fim da Segunda Guerra Mundial. Embora a importância de todos esses objetos de estudos seja incontestável na atualidade do mundo globalizado, sua relação com o passado recente é menos nítida. Dividida em quatro capítulos, esta dissertação está organizada em quatro partes que correspondem a aspectos particulares, ainda que não isolados, da obra de Brassaï artista. No primeiro capítulo exploro a relação entre a imigração e a transição para uma nova perspectiva artística de Brassaï, transformando-o naquilo que o escritor Henry Miller descreveu como o olho de P ris. O segundo capítulo se concentra na estética noturna pela qual Brassaï apresenta Paris, bem como os aspectos culturais de sua leitura sobre a noturnidade. O terceiro capítulo prende-se aos aspectos do fazer artístico de Brassaï, da exploração da cidade e, particularmente, das técnicas visuais que o fotógrafo usava para narrar os acontecimentos em um espaço urbano iluminado pela noite. Já no quatro e último capítulo, que funciona como considerações finais da pesquisa, traço um paralelo entre da Paris dos anos 1920 à Paris contemporânea, onde a flânerie tornou possível a Brassaï o encontro com os graffitti, que capta simultaneamente as paredes tatuadas da cidade e as inscrições da luz fotográfica, estabelecendo com uma humanidade noturna uma fraternidade que a câmera transfigura e eterniza. |