Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Reis, Ana Cléa dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18289
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Resumo: |
A literatura contemporânea trata das especificidades de seu tempo, retratando sujeitos comuns com problemas e questionamentos que fazem parte do contexto sócio-histórico atual. Tais características da literatura contemporânea podem ser vistas nos poemas de António Carlos Cortez, poeta e crítico literário português. O escritor, por meio da sua trilogia poética, Animais Feridos, Corvos Cobras Chacais e Jaguar, construiu um universo carregado de subjetividade ao retratar um eu lírico com uma perspectiva intimista, um sujeito em crise que questiona constantemente o seu lugar no mundo. Esse estudo analisou os poemas do referido poeta pela perspectiva do flâneur de Charles Baudelaire. No entanto, buscamos ressaltar os afastamentos para confirmar uma nova configuração do flâneur construído por Cortez no decorrer das três obras. Dessa maneira, esta pesquisa propôs-se a realizar um estudo comparativo dos poemas, com o intuito de investigar como é realizada a construção e o desenvolvimento do eu lírico ao longo de toda a trilogia, resultando na constituição de uma nova flânerie, voltada para introspecção do flâneur, e culminando numa estratégia discursiva mais figurativa, através da persona “Jaguar”, elemento este originado a partir da fragmentação da identidade e do descentramento do sujeito lírico da obra homônima, pautados pelas modificações do mundo moderno, o qual afeta tal sujeito em suas singularidades. Para a análise dos poemas, abordaremos Charles Baudelaire e Walter Benjamin, visando compreender o conceito de flâneur e a sua nova relação com a cidade. Para compreender o desenvolvimento novo flâneur por meio da experiência partilhada, partiremos dos estudos de Rosa Maria Martelo e das ideias de descentramento do sujeito e identidade, tal como estas são apresentadas, respectivamente, por Stuart Hall, Fredric Jameson e Zygmunt Bauman. Em nosso entender, tais ideias caracterizam as interfaces sociais do novo flâneur, ou seja, são traços que afirmam a adaptação e a evolução de uma nova configuração do flâneur, conforme podemos constatar na poesia de Cortez, por meio das personas Jaguar e Humatan, o que nos leva ao flâneur híbrido. |