Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Andrea Maia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-09092024-130054/
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Resumo: |
No presente estudo, investigamos o papel desempenhado pela proteína quinase dependente de RNA (PKR) no desenvolvimento de hiperalgesia térmica em estados patológicos de dor. Além disso, a interação entre a PKR e o sistema opioide foi explorada em camundongos naives em modelos experimentais de dor inflamatória e neuropática. Os resultados mostraram que a PKR desempenha um papel importante na dor crônica, mas não na dor aguda. Além disso, a PKR mediou a hiperalgesia térmica, mas não a alodínia mecânica, durante estados de dor inflamatória após a incisão cutânea, lesão térmica e lesão parcial do nervo isquiatico, enquanto nenhum efeito foi observado no modelo de dor neuropática. O papel pronociceptivo da PKR durante a inflamação periférica foi mediado por vias de sinalização inflamatória associadas ao TNF, IL1, NGF e LPS. Além disso, a inibição da PKR antes das lesões inflamatórias impediu o pleno desenvolvimento da hiperalgesia térmica. Especulamos que os mecanismos envolvidos na hiperalgesia térmica mediada por PKR dependem de sua interação com o canal TRPV1. Portanto, investigamos a influência da PKR na analgesia, tolerância, dependência e hiperalgesia dos opioides. Tanto os efeitos antinociceptivos como os deletérios do uso de opioides são, até certo ponto, dependentes da atividade do TRPV1. Assim, demonstramos que durante condições inflamatórias periféricas, a inibição da PKR reduziu a analgesia induzida pela morfina de maneira dose-dependente. Um efeito semelhante foi observado quando Fentanil foi administrado, mas não após uma injeção de agonista do receptor opioide kapa, U-50.488. A inibição da PKR também reduziu os efeitos colaterais da morfina, como tolerância e comportamento relacionado à dependência. A hiperalgesia induzida por opioides também foi revertida quando a atividade da PKR foi inibida preventivamente. Juntos, estes dados mostram que a PKR desempenha diferentes papéis na sinalização intracelular dependendo da condição patológica. Assim, esta tese combina paradigmas farmacológicos e comportamentais para descobrir as interações do receptor PKR-opioide durante a dor patológica. Propomos que a interação entre PKR-TRPV1 e analgésicos opioides oferece uma visão completamente nova dos mecanismos de ação desses medicamentos e deve levar a uma melhor compreensão da biologia fundamental da dor crônica. Mais importante ainda, o objetivo global destes estudos pode revelar novos alvos para o desenvolvimento de medicamentos analgésicos mais eficazes. |